• Carregando...

O juiz do Vaticano Paolo Papanti-Pelletier revelou, nesta terça-feira (5), à TV italiana Tgcom24 que o mordomo acusado de divulgar documentos sigilosos do papa Bento XVI pode ser transferido para uma espécie de prisão domiciliar fora do Vaticano e até de Roma.

Paolo Gabriele está sendo interrogado pelo juiz Piero Antonio Bonnet na presença de seus advogados de defesa, Carlo Fusco e Cristiana Arrù. Se for declarado culpado, ele pode ser condenado de um a seis anos de cadeia.

Papanti-Pelletier, que não participa da investigação, afirmou a jornalistas que aguardam o interrogatório que Gabriele permanece em uma cela de segurança, em condições "muito dignas" e que participou de uma missa em uma capela do Vaticano no domingo passado, acompanhado por dois agentes de segurança. Na Cidade do Vaticano não existem prisões domiciliares reservadas, segundo ele.

"Para que se veja como ele está bem, os mesmos pratos que são preparados para a guarda do Vaticano são servidos para Gabriele. A cela tem uma janela, um escritório, uma cama, um crucifixo e, claro, um banheiro", disse.

No mesmo dia em que acontece o primeiro interrogatório do mordomo após acusação oficial, o secretário do Estado da Santa Sé, cardeal Tarcisio Bertone, garantiu que a "unidade" e a "coesão" reinaram nos últimos dias entre todos os que servem à Igreja diante do escândalo de revelação de cartas confidenciais. Em declarações a televisão italiana Rai1, Bertone ressaltou que o mais triste dos acontecimentos é a violação da privacidade do papa e de seus colaboradores mais próximos.

Ajudante de quarto do papa Bento XVI, o mordomo Paolo Gabriele foi preso no último dia 25 de maio, após investigações sobre o vazamento de documentos secretos. Em janeiro, a imprensa italiana começou a publicar uma série de documentos confidenciais da Santa Sé que mostram conflitos internos nos altos escalões da Igreja Católica.

Os documentos denunciavam, entre outras coisas, a existência de corrupção e má gestão na administração do Vaticano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]