Seis escolas e duas creches foram bombardeadas por forças do regime sírio em Idlib, na terça-feira (25), em meio ao conflito pelo controle do último grande território controlado pelos rebeldes na Síria. Como resultado da ação, três professores e um estudante morreram, segundo o grupo de defesa civil Capacetes Brancos. Em uma escola que estava sendo usada como abrigo para refugiados, 11 pessoas morreram.
Os ataques aéreos das forças da ditadura de Bashar Al-Asad e da Rússia, que também tiveram como alvo casas e outras instalações, deixaram um total de 26 mortos (incluindo nove crianças) e 95 feridos apenas no dia de ontem, segundo os Capacetes Brancos.
Segundo a ONG Observatório de Direitos Humanos da Síria, as tropas de Bashar Al-Asad, com apoio aéreo da Rússia, retomaram o controle da cidade de Kafranbel, no sul de Idlib, além de 18 vilas e municípios na região, na terça-feira. Esse foi um dos primeiros municípios que se uniram aos protestos contra o governo sírio em 2011, quando teve início a guerra civil.
Essa foi uma vitória simbólica do regime de Assad em uma cidade que se tornou conhecida mundialmente como um bastião dos rebeldes na Síria. Ativistas de Kafranbel, de cerca de 20 mil habitantes, protestavam contra Damasco e também criticavam jihadistas e a radicalização dos rebeldes que lutavam contra Assad.
O recente acirramento dos conflitos na Síria provocou uma nova crise humanitária, com cerca de 900 mil pessoas sendo obrigadas a deixar suas casas nas províncias de Idlib e Aleppo. Esse é o maior deslocamento humano desde o início da guerra civil da Síria há quase nove anos.
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