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O teste inicial de alcoolemia após a detenção do motorista que atropelou intencionalmente dezenas de pedestres no centro da cidade austríaca de Graz no sábado deu negativo, segundo revelou neste domingo a televisão pública “ORF”.

Segundo a emissora de televisão, agora é necessário aguardar o resultado de uma análise de sangue para saber se o motorista consumiu drogas.

O primeiro interrogatório do detido, um jovem austríaco de 26 anos de origem bósnia, aconteceu hoje, quase 24 horas depois do ataque no qual morreram três pessoas e 34 ficaram feridas, três delas em estado crítico.

O jovem atuou de forma evasiva durante a sessão de perguntas de hoje, segundo revelou o porta-voz da procuradoria, Christian Kroschl, em entrevista à agência austríaca “APA” e espera-se que ao longo do dia seja levado a uma prisão de Graz após o que, na segunda-feira pela tarde, comparecerá perante o juiz.

A saúde mental do detido foi a explicação oferecida pela polícia ao ataque que ontem semeou o terror no centro da tranquila cidade de Graz, a segunda maior da Áustria, descartando vínculos terroristas ou religiosos.

O site da prefeitura da cidade fez hoje uma cronologia dos eventos na qual detalha o percurso do carro pelas ruas do centro urbano e a faixa de idades dos feridos, que se estende de quatro a 75 anos.

O relato menciona que duas das três vítimas mortais são uma mulher e um homem de 25 e 28 anos respectivamente, enquanto o terceiro se trata de um bebê, sem especificar sua idade.

Durante os cinco minutos de loucura, o motorista atropelou tanto ciclistas quanto pedestres, e se deteve em frente a um supermercado para descer, apunhalar um casal, e retomar a corrida ao volante do veículo.

A polícia ainda esclareceu hoje que, ao contrário das primeiras informações, o motorista não se entregou voluntariamente, mas teve que ser rendido.

Centenas de velas e ramos de flores estão repousando hoje sobre diversas partes do percurso empreendido ontem pelo carro verde escuro a uma velocidade de 100km/h, segundo testemunhas.

A comoção no país alpino alcançou alguns de seus mais ilustres cidadãos, como o ator Arnold Schwarzenegger, que qualificou o fato de “indescritivelmente triste” em entrevista à agência de imprensa alemã “DPA”.

“Todos devemos trabalhar juntos para reconhecer melhor as doenças mentais. Acho que semelhante ato não poderia ser cometido por alguém que esteja são”, comentou o ator e ex-governador da Califórnia.

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