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O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que o Brasil pode atender ao apelo de ajuda humanitária da oposição venezuelana | Valter Campanato/Agência Brasil
O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que o Brasil pode atender ao apelo de ajuda humanitária da oposição venezuelana| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta quarta-feira (30) que o Brasil pode atender ao apelo de ajuda humanitária feito pelo líder opositor venezuelano e autodeclarado presidente interino do país, Juan Guaidó.

"A gente pode fornecer médico, podemos fornecer medicamentos, podemos fornecer alimentos, principalmente. Até por meio de doações", afirmou, na saída do gabinete da Vice-Presidência.

"Na região de Brumadinho (MG) pediram para suspender os donativos por causa da generosidade do nosso povo", notou Mourão, se referindo às doações a vítimas do rompimento da barragem da Vale na região, que deixou ao menos 84 pessoas mortas e 276 desaparecidas.

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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Guaidó afirmou nesta terça-feira (29) que espera o apoio do presidente Jair Bolsonaro para a entrada de ajuda humanitária na Venezuela através da fronteira, nos próximos dias.

O general disse que, por ora, não há uma operação de ajuda humanitária em curso. "Por enquanto, estou aguardando a definição do que está sendo pedido. É uma decisão do presidente depois."

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A oposição também está buscando apoio dos Estados Unidos para ajuda humanitária. O seu representante diplomático nos Estados Unidos, Carlos Vecchio, esteve reunido com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, nesta terça-feira para tratar do assunto, mas nenhum detalhe de como essa ajuda chegará à Venezuela foi revelado.  O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, havia anunciado na semana passada que o país está pronto para fornecer mais de US$ 20 milhões em assistência humanitária à Venezuela.

Jornalistas detidos

Sem ser questionado por jornalistas, Mourão manifestou preocupação com a prisão de jornalistas na Venezuela.

"Vocês sabem que tem uma série de movimentos pacíficos na Venezuela, mas ontem à noite [segunda, 28] dois jornalistas chilenos da TVN foram presos nas proximidades do Palácio Miraflores e até agora não foram soltos", mencionou.

"Isso é algo que está nos preocupando. Vocês têm os contatos de vocês. Procurem divulgar isso aí, está bem?", sugeriu.

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Questionado sobre eventual nota de repúdio em relação ao caso, Mourão disse que precisa de mais informação. "Por isso estou falando isso para vocês. Uma vez que vocês consigam outros dados maiores. Porque está difícil obter alguma coisa de lá."

Na semana passada, o jornalista brasileiro Rodrigo Lopes, do jornal gaúcho Zero Hora, foi detido em frente ao Palácio Miraflores, em Caracas. Ele ficou em uma unidade militar, sem seu passaporte e seu telefone, por duas horas, período em que foi interrogado e ameaçado.

Nomeações

Além de Carlos Vecchio nos EUA, a Assembleia Nacional da Venezuela nomeou representantes diplomáticos em países que reconheceram a presidência de Guaidó como legítima, sendo eles: Rene de Sola Quintero (Equador),  Claudio Sandoval (Honduras), Fabiola Zavarce (Panamá), Carlos Scull (Peru), Julio Borges (Grupo de Lima), Elisa Trota Gamos (Argentina), Orlando Viera Blanco (Canadá), Guarequena Gutiérrez (Chile), Humberto Calderón Berti (Colômbia) e María Faria (Costa Rica). Até o momento, nenhum nome foi indicado para trabalhar com as autoridades brasileiras.

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