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Os principais clérigos muçulmanos de Mumbai prometeram nesta terça-feira bloquear o enterro de nove militantes islâmicos que mataram 183 pessoas em um ataque de três dias na semana passada, dizendo que seus atos são uma afronta ao Islã.

"Esses demônios - eles não terão um centímetro de terra em um cemitério muçulmano", disse à Reuters Maulana Sayed Moinuddin Ahsraf, secretário da sunita All India Jamiat-ulema.

Ahsraf falou após um encontro entre clérigos e líderes muçulmanos do Estado indiano de Maharashtra, cuja capital é Mumbai.

Em ataques feitos no passado por militantes islâmicos na Índia, os agressores mortos foram todos enterrados. A prática comum em funerais islâmicos é conduzi-los rapidamente, poucas horas depois da morte.

"Só por que você se chama Musa, Azim ou Rehman, você não é muçulmano. Essas pessoas que fizeram esses ataques não são", disse Syed Noori, outro líder muçulmano que esteve na reunião desta terça-feira.

Dez militantes islâmicos armados com rifles AK-47 e granadas se espalharam por dois dos mais conhecidos hotéis de luxo de Mumbai e por outros pontos da cidade de 18 milhões de habitantes durante um ataque de 60 horas que acabou quando os soldados de elite indianos mataram o nono militante.

O décimo foi preso depois que uma multidão o perseguiu.

A minoria muçulmana da Índia, que forma aproximadamente 13 por cento da população de 1,1 bilhão de habitantes, sentiu-se ameaçada depois de todos os ataques promovidos por militantes islâmicos ao país.

"Até escrevemos para o governo transmitindo nossa decisão. Nossos irmãos muçulmanos em todo o país também pensam o mesmo", disse Noori à Reuters.

Perguntado sobre o que deveria ser feito com os corpos, ele disse: "Essa dor de cabeça é do governo".

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