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Melania Trump, primeira-dama americana, Donald Trump e Theresa May chegam para jantar com empresários | GEOFF PUGH/AFP
Melania Trump, primeira-dama americana, Donald Trump e Theresa May chegam para jantar com empresários| Foto: GEOFF PUGH/AFP

Se o presidente americano Donald Trump gosta de um pouco de caos, um pouco de perturbação em suas viagens, ele foi ao lugar certo: o Reino Unido. Questionado sobre as manifestações em massa programadas para sua viagem ao Reino Unido, Trump disse na conferência de imprensa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta quinta, na Bélgica, ele disse: "eu acho que gostam muito de mim".

Quando o Air Force One aterrissou no aeroporto londrino de Stansted na tarde de quinta-feira, o governo da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, estava ameaçado de divisão: o plano para sair da União Europeia foi alvo de críticas e os rebeldes de seu partido – o conservador – a ameaçavam com um voto de não confiança, 

E para piorar o estado de ânimo, houve a derrota que a Inglaterra teve diante da Croácia nas semifinais da Copa, que fez com que o país entrasse em uma ressaca coletiva. E, enquanto isso, no tranquilo interior inglês, cem investigadores antiterroristas concluíram que uma britânica de meia-idade foi morta por uma dose de um agente nervoso da era soviética. 

Metralhadora giratória

Trump mal chegou ao Reino Unido e já começou a atirar. Ele criticou duramente o plano da premiê para a saída do país da União Europeia (o Brexit), elogiou o ex-chanceler Boris Johnson e demonstrou mágoa com a autorização para que um boneco gigante inflável que retrata o mandatário sobrevoe Londres

Em entrevista ao tabloide britânico The Sun, o americano afirmou que a proposta de May de um Brexit light, em lugar de um afastamento rápido e duro, representa o fim de um possível acordo de livre-comércio no futuro entre EUA e Reino Unido. 

A proposta apresentada na semana passada pela primeira-ministra prevê um acordo de livre-comércio com a Europa para bens e produtos agrícolas. Para Trump, esse plano significaria que os EUA continuariam a lidar com a União Europeia, e não diretamente com o Reino Unido, o que inviabilizaria qualquer acordo comercial entre os países. 

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A decisão de May provocou a revolta de parte dos seus correligionários e a saída de seus secretários: o responsável pelo Brexit, David Davis, e o chanceler Boris Johnson. 

Para Trump, Johnson seria "um grande primeiro-ministro". O ex-chanceler criou polêmica no início do mês passado, quando, em um evento a portas fechadas, afirmou que Trump seria melhor que May em negociação do Brexit, "Imagine Trump fazendo isso. Ele seria muito duro. Aconteceria todo tipo de fracasso, todo tipo de caos. Todo mundo pensaria que ele enlouqueceu. Mas na verdade você poderia chegar a algum lugar. É um pensamento muito, muito bom", disse Johnson na gravação obtida pelo site BuzzFeed. 

Reclamação

O presidente americano, que vai se encontrar nesta sexta-feira no castelo de Windsor com a rainha Elizabeth 2ª, reclamou ainda da decisão da Prefeitura de Londres de autorizar o voo na cidade de um balão de seis metros de altura que retrata ele usando fralda. 

Trump afirmou que vai se manter longe da capital britânica para não ter de lidar com os protestos nesta sexta que podem reunir 200 mil pessoas. "Eu acho que, quando eles colocam balões para me fazer sentir indesejável, não há razão para eu ir a Londres."

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