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A corrida presidencial no Uruguai será decidida no segundo turno marcado para 29 de novembro. Com 85,14% do total das urnas apuradas do pleito de domingo (25), o candidato da situação, José "Pepe" Mujica, tem 46,56% dos votos, segundo o site do jornal local "El Observador". Também de acordo com os resultados oficiais, o ex-presidente Luis Alberto Lacalle está com 30,13% e garantiu o segundo posto. As autoridades eleitorais devem divulgar nesta segunda-feira (26)os resultados finais.

Lacalle tem uma missão difícil pela frente, pois precisa obter quase todos os votos do terceiro colocado, Pedro Bordaberry, que obteve 17,5% até o momento. Ainda é prejudicado pela alta popularidade do atual presidente, na casa dos 60%. Lacalle quer reduzir impostos e promete reduzir também o tamanho do Estado. Ele se posiciona ainda como uma opção mais aberta ao diálogo, já que Mujica em alguns momentos deu declarações intempestivas.

Ex-guerrilheiro na época da ditadura uruguaia, Mujica é o candidato da Frente Ampla, coalizão de centro-esquerda do atual presidente, Tabaré Vázquez. Ele prometeu lutar por todos os 3,4 milhões de uruguaios, insistindo que a nação pode ser tornar uma espécie de Finlândia, com uma economia diversificada capaz de criar bons empregos e também de garantir direitos aos mais pobres.

A chapa governista tem na vice-presidência Danilo Astori, ex-ministro da Economia, que era o favorito de Tabaré para sucedê-lo. Astori, porém, perdeu as primárias partidárias para Mujica, mas os dois uniram forças na disputa nacional.

O vencedor em segundo turno assume em 1º de março. Dois referendos, um para responsabilizar militares por supostos crimes da ditadura (1973-85) e outro para que os uruguaios no exterior pudessem votar pelo correio, não conseguiram maioria para que os projetos fossem aprovados.

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