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Pela primeira vez após quase 70 anos de história, o Conselho de Segurança das Nações Unidas será presidido neste mês por uma mulher árabe, a embaixadora jordaniana Dina Kawar.

Dina assumiu nesta semana o posto que corresponde a seu país dentro da rotação mensal na qual os membros dividem a presidência do principal órgão de decisão das Nações Unidas.

A diplomata jordaniana dirigirá deste modo os trabalhos do Conselho durante abril e será a encarregada de transmitir ao mundo as mensagens acordadas entre os 15 membros.

Dina é uma das quatro mulheres que atualmente fazem parte do Conselho de Segurança, que em 2014 teve a maior presença feminina de sua história, com seis representantes permanentes.

Em seu país, a embaixadora perante a ONU foi uma das primeiras mulheres no serviço diplomático, chegando ao cargo por desejo expresso do rei Abdullah II, explicou a funcionária em recente entrevista.

Antes de chegar às Nações Unidas no ano passado, Dina foi embaixadora na França entre 2001 e 2013 e durante parte desse período, se ocupou também das relações de seu país com Portugal e o Vaticano.

Previamente, Dina tinha dirigido os escritórios privados em Paris do rei Abdullah II e do príncipe Hassan, após ter se formado nos Estados Unidos, onde estudou relações internacionais no Mills College e na Universidade de Colúmbia.

A chegada de Dina à presidência do Conselho de Segurança da ONU foi celebrada, entre outros, pela embaixadora americana perante a instituição, Samantha Power, que a felicitou por ser a primeira mulher árabe a ocupar o cargo.

“Estar no Conselho de Segurança e representar meu país é uma honra enorme para mim”, disse Dina em sua entrevista ao site “Al Monitor”, na qual reconheceu que desde seu posto trata também de representar todas as mulheres árabes.

A embaixadora jordaniana lamenta que no mundo muita gente tenha apenas “uma imagem da mulher árabe” e seja difícil superar esse estereótipo no qual ela não encaixa.

“Às vezes me perguntam, por que você não é como uma mulher árabe? E eu respondo que sou uma mulher árabe. (...) Se não se enxcaixa na imagem do que acreditam ser uma mulher árabe, então eles acham que você não é uma”, explicou na citada entrevista.

Com relação ao futuro, Dina espera ver uma maior “igualdade” entre mulheres e homens nos países árabes e que as mulheres tenham mais confiança em si mesmas e se ajudem. EFE

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