Dezenas de milhares de austríacos protestaram neste sábado (20) em Viena contra um novo lockdown para enfrentamento à pandemia de Covid-19, que entra em vigor no país na próxima segunda-feira (22), e contra a obrigatoriedade de vacinação contra o novo coronavírus, exigência que será adotada no ano que vem.
Segundo informações da agência Reuters, um dos principais pontos de concentração de manifestantes foi a Praça dos Heróis, em frente ao Hofburg, o antigo palácio imperial no centro de Viena. Entre as mensagens nas faixas carregadas durante os protestos, estavam “não à vacinação”, “já chega” e “abaixo a ditadura fascista”.
A polícia local informou que, no meio da tarde, a multidão havia chegado a cerca de 35 mil pessoas. Um porta-voz da corporação disse à Reuters que ocorreram cerca de dez prisões, por violação das restrições de enfrentamento ao coronavírus e utilização de símbolos nazistas.
O governo da Áustria anunciou na sexta-feira (19) que o país voltará ao regime de confinamento geral a partir da próxima segunda-feira, diante do aumento do número de casos de infecção pelo novo coronavírus. As novas restrições serão aplicadas durante 20 dias.
As pessoas só poderão sair de suas casas para realizar algumas tarefas, como ida a médicos, ajudar outras pessoas e fazer exercícios ao ar livre. Os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais, como restaurantes, academias, outros locais de entretenimento e lazer, ficarão fechados. Supermercados e farmácias, por sua vez, funcionarão.
Diferentemente do que aconteceu em outros confinamentos, as creches e escolas não terão atividades suspensas. Além disso, o uso das máscaras será obrigatório em todos os espaços fechados.
O governo também anunciou que a vacinação contra a Covid-19 se tornará obrigatória no território austríaco a partir de fevereiro de 2022 – somente 65% da população completou o esquema de imunização.
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