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Pessoas protestam em Montpellier, na França, contra os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza | Pascal Guyot / AFP Photo
Pessoas protestam em Montpellier, na França, contra os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza| Foto: Pascal Guyot / AFP Photo

Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, juntaram-se nesta quarta-feira (7) à Europa nos apelos para que o Estado judeu aceite a trégua proposta pelo Egito e suspenda a ofensiva iniciada há 12 dias na Faixa de Gaza, onde os combates foram retomados após uma pausa de três horas para que agências humanitárias distribuíssem alimentos.

Autoridades israelenses disseram ter aceitado os "princípios" da proposta, especialmente no que diz respeito a impedir que o Hamas consiga usar túneis para contrabandear armas do Egito para o sul da Faixa de Gaza. Essas fontes disseram, porém, que ainda há detalhes a serem resolvidos.

Por telefone, a secretária norte-americana de Estado, Condoleezza Rice, pressionou a chanceler israelense, Tzipi Livni, a aceitar a proposta egípcia. O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se para discutir providências a tomar com relação à crise, que já matou 653 palestinos na Faixa de Gaza, segundo fontes médicas locais.

"Estamos tentando avançar", disse um alto-funcionário que acompanhou Rice a Nova York, onde ela pretendia se empenhar pessoalmente pela aprovação da trégua.

O plano prevê que o Hamas deixe de disparar foguetes contra Israel e não se rearme, mas estabelece a abertura das fronteiras da Faixa de Gaza - uma das principais reivindicações do grupo islâmico que controla o território, onde vivem 1,5 milhão de pessoas.

O Hamas confirmou estar discutindo as propostas, parcialmente mediadas pela França, mas a violência continuou. As novas vítimas foram um adulto palestino e três crianças que estavam em um carro atingido por um bombardeio aéreo israelense no norte da Faixa de Gaza.

O presidente-eleito dos EUA, Barack Obama, disse, após dias de silêncio, que está "profundamente preocupado" com a crise, e que pretende se envolver ativamente na questão do Oriente Médio assim que tomar posse, no dia 20.

Analistas israelenses dizem que Israel tem de terminar a ofensiva até lá, sob pena de afetar suas relações com o novo governo dos EUA.

O governo atual disse que uma trégua é urgente, mas que o processo está complicado pelo número de envolvidos. "Estamos trabalhando para conseguir isso o mais rápido que pudermos", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.

O chanceler britânico, David Miliband, afirmou ter visto "os primeiros lampejos da possibilidade de um cessar-fogo", mas acrescentou: "Ainda é cedo demais para dizer que obtivemos uma solução".

Os ministros israelenses se reuniram para debater o plano, um dia depois de tanques israelenses matarem 42 palestinos numa escola da ONU em Gaza.

Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro Ehud Olmert, elogiou a iniciativa de mediação franco-egípcia. "Queremos vê-la bem-sucedida", afirmou.

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