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O primeiro-ministro Stefan Löfven deverá ter dificuldade para formar novo governo após as eleições deste domingo (9). | JOnas Ekstromer/AFP
O primeiro-ministro Stefan Löfven deverá ter dificuldade para formar novo governo após as eleições deste domingo (9).| Foto: JOnas Ekstromer/AFP

A extrema-direita da Suécia, liderada pelos Democratas da Suécia, se converteu em força decisiva nas eleições realizadas no país europeu neste domingo. O bloco governamental de centro-esquerda e a aliança de centro-direita, na oposição, obtiveram resultado praticamente iguais. Com isso, a extrema-direita – que cresceu e ficou em terceiro lugar – saiu das urnas contando com a possibilidade de influenciar na composição do novo governo.

Com 95% dos votos escrutinados, o conjunto das forças de esquerda obtinha 40,6%, contra 40,3% da Aliança, ambos com 143 lugares no parlamento, de acordo com dados da autoridade eleitoral da Suécia. A extrema-direita, com cerca de 18% dos votos, garantirá 63 deputados.

O partido do primeiro-ministro, Stefan Löfven, Social Democrata, foi o mais votado, com 28,35%, seguido pelo Partido Moderado (conservador), com 19,8%, enquanto os Democratas da Suécia garantiram 17,6% dos votos.

O chefe do governo é normalmente o dirigente do partido que obteve mais votos – nesse caso caberia aos sociais democratas formarem o governo –, mas com a nova fragmentação política o cenário político tornou-se complexo e sem previsões do que poderá ocorrer. Para formar a maioria são necessárias 175 cadeiras no parlamento.

Logo após a consolidação dos resultados, o líder ultradireitista Jimmie Åkesson declarou que está pronto para atuar na formação do novo governo. Ele pediu a renúncia do primeiro-ministro e convidou o chefe da oposição de centro-direita, o conservador Ulf Kristersson, a iniciar negociações para formar governo.

Kristersson admitiu que deverá liderar o movimento para tirar os sociais democratas do poder. “Haverá uma aliança de oposição de quatro partidos no parlamento, e o bloco da direita é claramente o maior”, afirmou Kristersson, líder dos moderados.

Onda antimigratória

A eleição deste domingo (9) foi a primeira a ser realizada desde que a Suécia, país com uma população que ronda os dez milhões de habitantes, recebeu uma onda de asilados, perfazendo mais de 160 mil estrangeiros.

A onda de imigrantes provou fortes reações no país a favoreceu o discurso da extrema-direita, contrária à abertura para a concessão de mais asilos, e que também culpa os imigrantes pelo crescente sentimento de insegurança e a elevada taxa de desemprego.

Os Democratas da Suécia também criticam a permanência do país na União Europeia. Os líderes de extrema direita defendem a realização de referendo para que a população decida sobre a permanência ou não no bloco. Para isso, cogitam apresentar um pedido no parlamento.

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