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O comandante da Guarda Revolucionária do Irã, general Mohammad Ali Jafari, alertou Israel neste domingo (16) que "nada sobrará" se o país adotar uma ação militar contra o programa nuclear iraquiano. "Se Israel nos atacar, não sobrará nada de Israel", declarou. "Diante da pequena extensão territorial de Israel e vulnerabilidade ao grande volume de mísseis do Irã, não acredito que qualquer ponto de Israel ficará a salvo", disse ainda.

O general afirmou também que o Irã poderá fechar o estreito de Ormuz se for atacado, além de abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear a atingir bases norte-americanas no Oriente Médio. Uma resposta a qualquer ataque começará na fronteira, de acordo com Ali Jafari. A República Islâmica tem relações próximas com militantes em Gaza e no Líbano, os quais possuem arsenais para a realização de ataques que atravessem suas fronteiras.

Ali Jafari disse não acreditar que Israel atacará sozinho e que se os Estados Unidos lançarem uma ofensiva, o Irã poderá responder com mísseis em ataques as bases norte-americanas no Golfo. "As bases militares norte-americnas espalhadas ao redor do Irã são consideradas um grande ponto de vulnerabiliade", disse. "Mesmo que os escudos antimísseis, com base em informações que temos, podem responder somente a poucos mísseis, mas quando expostos a um maciço volume de mísseis, não perderão a eficiências e não funcionarão", acrescentou.

Jaafari, no entanto, afirmou que as forças iranianas não serão as primeiras a iniciar uma agressão. "Não precisamos atuar com antecedência. A

capacidade de reação do Irã é muito alta e por isso achamos que eles (israelenses) não iniciarão uma guerra", disse.

Mesmo assim, Jaafari frisou que se "as organizações internacionais não evitarem um ataque israelense, não haverá motivos para respeitar o

Tratado de Não-Proliferação (TNP), embora isso não significa que o Irã vá fabricar armas nucleares". Teerã diz que seu programa nuclear tem

objetivos exclusivamente civis.

Síria

Jafari disse também que a unidade de elite possui conselheiros de alto escalão no Líbano e na Síria, mas não decidiu se enviará ou não reforço

militar para ajudar a salvar o regime sírio de Bashar al Assad.

Esta foi a mais clara indicação da assistência prestada pelo Irão a seu maior aliado árabe, o presidente sírio, e ao Hezbollah no Líbano. A

declaração também sugere que Teerã está atento à possibilidade de ser envolvido em um conflito no Oriente Médio se houver um ataque externo

contra o regime de Assad, que trava uma guerra com civis e forças rebeldes. O general acrescentou que uma decisão sobre incrementar a ajuda

militar à Síria, se o país for atacado, "dependerá das circunstâncias". As informações são da Associated Press.

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