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O ex-presidente cubano Fidel Castro recomendou na segunda-feira que ninguém confie no "sorriso gentil" do presidente dos EUA, Barack Obama, e alertou que Washington trama contra governos esquerdistas da América Latina, inclusive o da Venezuela.

Fidel, 83 anos, que governou a ilha por quase 50 anos, até que sua saúde o obrigou a transferir o poder a seu irmão Raúl, em 2008, inicialmente elogiou a eleição de Obama, mas depois de tornou cada vez mais crítico.

Em carta lida pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, num encontro de líderes esquerdistas em Havana, Fidel disse que os EUA apoiam movimentos direitistas na esperança de enfraquecer Chávez e outros líderes socialistas da região.

"As reais intenções do império são óbvias, desta vez por baixo do sorriso gentil e do rosto afro-americano de Barack Obama", disse a carta. "O império está se mobilizando por detrás de forças direitistas na América Latina para atacar a Venezuela e, assim, atacar (outros) Estados."

Fidel, que encabeçou a Revolução Cubana que tomou o poder em 1959, criticou a posição dos EUA com relação ao golpe militar de 28 de junho em Honduras, e um acordo que permite a presença militar norte-americana em sete bases colombianas.

O ex-presidente só é visto em fotos e vídeos ocasionais desde junho de 2006, mas mantém sua influência nos bastidores do governo e escreve regularmente artigos na imprensa estatal.

Na semana passada, ele recriminou Obama por aceitar o Prêmio Nobel da Paz num momento em que amplia o envolvimento dos EUA com a guerra do Afeganistão.

Na segunda-feira, Chávez ironizou Obama, dizendo que ele conquistara o "Prêmio Nobel da Guerra".

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