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O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer (à direita), chega para uma reunião do comitê parlamentar sobre Questões Internas sobre o assassinato do chefe administrativo do distrito de Kassel, Walter Lübcke, em Berlim, 26 de junho. O principal suspeito confessou que matou o político por suas posições pró-imigração
O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer (à direita), chega para uma reunião do comitê parlamentar sobre Questões Internas sobre o assassinato do chefe administrativo do distrito de Kassel, Walter Lübcke, em Berlim, 26 de junho. O principal suspeito confessou que matou o político por suas posições pró-imigração| Foto: Monika Skolimowska / dpa / AFP

Um neonazista confessou o assassinato do político conservador alemão Walter Lübcke, que foi encontrado morto com um tiro na cabeça em 2 de junho, informou o ministro do Interior do país, Horst Seehofer, nesta quarta-feira (26), segundo a imprensa alemã. Stephan Ernst, de 45 anos, foi preso duas semanas depois do crime após a polícia ter encontrado evidências com o seu DNA no local. Ernst já havia cometido crimes contra imigrantes, furtos e posse ilegal de armas.

Walter Lübcke, 65 anos, era membro da União Democrata Cristã (CDU), o partido conservador da chanceler Angela Merkel. Ele levou um tiro à queima-roupa em sua casa, um caso que os investigadores descreveram como uma "execução".

De acordo com Seehofer, Ernst disse que resolveu matar Lübcke por suas posições simpáticas a imigrantes e refugiados. Ele disse ainda que agiu sozinho e que não participa de nenhuma rede extremista, mas investigadores acreditam que ele já teve ligações com grupos neonazistas e de extrema direita.

A polícia investiga a possível participação de outras pessoas no crime.

Após o assassinato, políticos alemães que apoiam a permissão de entrada de refugiados no país receberam uma série de ameaças de morte, causando preocupação a respeito da violência de extrema direita no país.

Desde o aumento do fluxo de migrantes ao país em 2015, outros políticos alemães já haviam sido alvo de ameaças por suas posições pró-imigração. A prefeita de Colônia, a independente Henriette Reker, e o prefeito de Altena, o conservador Andreas Hollstein, chegaram a ser esfaqueados — mas sobreviveram. Reker e Hollstein estão entre os políticos que receberam novas ameaças.

Os incidentes chocaram o país, que esperava já ter superado o pior das tensões causadas por um grande fluxo de refugiados quatro anos atrás. Autoridades registraram centenas de ataques contra centros para refugiados pelo país no período. Como o número de refugiados que chegam ao país despencou, o público já se concentrava em outros debates no país, como mudanças climáticas ou limites de velocidade nas estradas.

Desde que foi revelada a suspeita de que um extremista seria o responsável pela morte de Lübcke, surgiram novas preocupações de que os temores sobre refugiados vindo para a Alemanha tenham dado impulso permanente a grupos radicais no país.

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