O candidato de extrema-direita que disputa a campanha para primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tomou um "banho de loja" e literalmente copiou a bem-sucedida estratégia de marketing digital do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama. A cópia ou homenagem foi flagrada pelo jornal New York Times essa semana.
A inspiração foi completa: as cores e letras escolhidas, os ícones para doação e voluntariado, o uso de vídeo e de outras ferramentas sociais para web incluindo o Twitter, que mal existe em Israel refletem um esforço consciente dos publicitários de Netanyahu em pegar uma carona no sucesso de Obama.
"Imitar é a melhor maneira de homenagear", disse Ron Dermer, um dos principais conselheiros de campanha de Netanyahu. "Como estamos todos no mesmo tipo de negócio, observamos de perto aquele cara que foi muito bem-sucedido e tentamos aprender com ele. E, apesar de que não iremos usar a palavra mudança (change) da mesma forma na nossa campanha, acreditamos que Netanyahu é o candidato real para mudança em Israel", defendeu.
O que chama a atenção dos analistas é que, entre os três principais candidatos, Netanyahu é justamente o com menos probabilidade de promover diálogo com adversários uma das bases da política externa de Obama.
Netanyahu já afirmou que, se assumir, derrubaria as correntes negociações com a liderança palestina.
O verdade busca a reeleição como primeiro-ministro, posição em que já serviu entre 1996 e 1999 e ficou marcado como um dos mais conservadores e controversos líderes israelenses. (AL)
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