O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que seu país lançará uma operação terrestre na Faixa de Gaza, em resposta aos ataques terroristas do Hamas ao território israelense.
O site Axios apurou junto a três fontes israelenses e americanas informações sobre o telefonema entre os dois chefes de Estado neste domingo (8).
“Temos que entrar. Não podemos negociar agora”, disse Netanyahu a Biden. “Precisamos restaurar [o poder de] dissuasão”, argumentou o premiê israelense, que já havia adiantado que esta será uma “guerra longa e difícil”.
Segundo as fontes ouvidas pelo Axios, Biden não tentou convencer Netanyahu a não realizar a operação terrestre. Antes da revelação do site, feita nesta segunda-feira (9), a ofensiva terrestre já era esperada devido à convocação de 300 mil reservistas israelenses.
Mais de 900 pessoas foram mortas desde sábado (7) em Israel em ataques liderados pelo Hamas, enquanto na Faixa de Gaza a última contagem elevou para 687 o número de palestinos mortos na contraofensiva israelense.
Além disso, 2,6 mil pessoas ficaram feridas em Israel, sendo 376 em estado grave, como resultado dos ataques do Hamas, que abriu fogo contra dezenas de comunidades, e do impacto de milhares de foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza contra o país.
Em Gaza, onde Israel realizou dezenas de ataques aéreos contra infraestruturas militares do Hamas, 3.726 pessoas ficaram feridas.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou nesta segunda-feira um “cerco total” na Faixa de Gaza, deixando a região sem eletricidade, alimentos e combustível.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou “desconforto com o bloqueio total” da Faixa de Gaza anunciado por Israel e pediu à comunidade internacional que “mobilize apoio humanitário imediato” para os civis palestinos “presos” no território.
Guterres, que pediu a interrupção dos ataques a Israel e aos territórios palestinos e alertou sobre as consequências humanas, pediu a “todas as partes e agentes relevantes que permitam o acesso da ONU para fornecer assistência humanitária urgente aos civis palestinos presos e indefesos na Faixa de Gaza”. (Com Agência EFE)
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