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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (9) que a paz com os palestinos será impossível sem negociações diretas e pediu uma mudança imediata nas conversações indiretas, mediadas pelos Estados Unidos, para conversações cara a cara.

"As negociações de aproximação devem gerar conversações diretas logo. A paz não pode ser conseguida à distância ou com um controle remoto", disse Netanyahu ao seu gabinete, em uma declaração pública.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) aprovou no sábado conversações indiretas com Israel, abrindo caminho, pela primeira vez em 18 meses, para as negociações. A decisão deu um impulso à diplomacia pacificadora dos EUA.

O enviado dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell, propôs o formato de conversações indiretas como uma maneira de desfazer o impasse criado pela construção de um assentamento judeu na Cisjordânia ocupada por Israel, onde os palestinos pretendem estabelecer um Estado vizinho a Israel.

A iniciativa foi adiante depois que os planos dos EUA para as negociações indiretas foram bloqueados em março deste ano por planos de Israel para novas casas de colonos dentro e em torno de Jerusalém oriental, uma parte do território reivindicado pelos palestinos.

A liderança palestina exigiu que o projeto fosse paralisado.

Netanyahu disse que as conversações indiretas começariam sem "pré-condições", uma referência indireta à sua promessa de não bloquear a construção de casas para os judeus dentro e perto de Jerusalém oriental, restrições que poderiam destruir seu governo pró-colonos.

Mas nenhum novo projeto de construção de casas de colonos foi aprovado desde março, aumentando as especulações de que Netanyahu tenha imposto um adiamento no projeto.

Em declarações ao gabinete sobre as conversações com os palestinos, Netanyahu disse que ninguém deve esperar que "chegaremos a acordos e decisões sobre assuntos críticos... sem que nos sentemos juntos na mesma sala".

Mitchell pretendia voltar para casa neste domingo, depois de se encontrar com o presidente palestino Mahnoud Abbas.

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