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O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, tenta proteger Bush dos sapatos | Saul Loeb/AFP
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, tenta proteger Bush dos sapatos| Foto: Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, teve ontem, em sua última visita ao Iraque, uma ingrata surpresa. Durante entrevista coletiva à imprensa, Bush foi alvo de dois sapatos atirados da platéia.

O autor dos arremessos foi Muntadar al-Zeidi, correspondente do canal de televisão Al-Baghdadia, de propriedade iraquiana e com sede em Cairo, no Egito. "É o beijo de despedida, seu cachorro!", gritou o jornalista antes de arremessar os sapatos no presidente americano.

Na cultura iraquiana, arremessar os sapatos em alguém é um sinal de desprezo.

Bush, que estava acompanhado do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, conseguiu desviar-se dos projéteis improvisados. Mais tarde, brincou sobre o incidente: "Tudo que posso informar é que são do tamanho 10".

Bush está em sua viagem de despedida no Iraque, onde defendeu a guerra que já dura quase seis anos. "O trabalho não tem sido fácil, mas é necessário para a segurança americana, a esperança iraquiana e a paz mundial", afirmou. "Estou muito grato por ter tido a chance de voltar ao Iraque antes do término da minha presidência", disse o presidente americano. A visita de ontem foi a quarta que Bush faz desde a derrubada do ditador Saddam Hussein, em 2003.

Ele descreveu o acordo de segurança entre EUA e Iraque de um "lembrete de nossa amizade e uma forma de ajudar os iraquianos a receberem as bênçãos de uma sociedade livre". Talabani disse que Bush é "um grande amigo do povo iraquiano, que ajudou a libertar o país".

No último dia 4, o Conselho Presidencial do Iraque aprovou o acordo de segurança com os EUA que havia sido aprovado no Parlamento no dia 27 de novembro. Pelo acordo, todas as tropas americanas devem sair do país até 2011. Com isso, o último trâmite que falta para a entrada do acordo em vigor é a publicação do texto no Diário Oficial daquele país.

O acordo regulamenta a presença dos americanos no Iraque após 31 de dezembro próximo, quando termina o mandato dado pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas(ONU) aos EUA.

Relatório

O diário americano The New York Times informou ontem que o Pentágono chegou a forjar os progressos nos documentos que registram o processo de reconstrução do Iraque, no qual os Estados Unidos investiram US$ 100 bilhões.

Segundo o relatório, esse investimento foi um enorme fracasso, diz o NYT.

O relatório cita o ex-secretário de Estado Colin Powell, que disse que nos meses posteriores à invasão iraquiana em 2003 o Departamento de Defesa "continuou inventando números das Forças de Segurança iraquianas, um número que pode ter aumentado em 20 mil por semana. Agora temos 80 mil, agora temos 100 mil, agora temos 120 mil".

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