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Imagem mostra a chegada do papa aos estado mexicano de Michoacán. fortemente afetado pelo tráfico de drogas | ENRIQUE CASTRO/AFP
Imagem mostra a chegada do papa aos estado mexicano de Michoacán. fortemente afetado pelo tráfico de drogas| Foto: ENRIQUE CASTRO/AFP

Em uma missa celebrada no perigoso estado mexicano de Michoacán, fortemente afetado pelo tráfico de drogas, o Papa Francisco pediu nesta terça-feira (16) a religiosos no país que não se resignem à violência, ao tráfico de drogas e à corrupção. A região é aterrorizada há anos por cartéis de narcotraficantes, que já assassinaram e continuam ameaçando vários religiosos.

“Que tentação pode vir de ambientes muitas vezes dominado pela violência, a corrupção, o tráfico de drogas?”, questionou o pontífice em uma missa festiva diante de milhares de religiosos e seminaristas. “Confrontados com esta realidade podemos ser vencidos por uma das armas favoritas do diabo: a resignação”.

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Mais de 30 mil sacerdotes, freiras e seminaristas assistiram à missa, realizada no estado de Morelia, capital do estado. Nos primeiros dias de sua visita ao México, Francisco denunciou o narcotráfico e a corrupção em mensagens destinadas à classe política e aos bispos.

Na segunda-feira, o pontífice fez uma homenagem à cultura indígena no estado de Chiapas e pediu desculpas por excessos contra esses povos na tentativa de cristãos em difundir a fé católica na região com menor número de fiéis do México. A missa presidida pelo Papa foi traduzida em três idiomas locais - Tzeltal, Tzotzil and Chol -, que são falados por mais de 1 milhão de pessoas. A iniciativa ganha significado especial para as comunidades locais, já que a hierarquia mexicana há muito tempo se posiciona contra a mistura do catolicismo com tradições indígenas em cerimônias religiosas.

“Muitas vezes, de modo sistemático e estrutural, seus povos (indígenas) não foram compreendidos e foram excluídos da sociedade. Alguns consideraram inferiores seus valores, sua cultura e suas tradições (...) Que tristeza! Que que bem nos traria fazer um exame de consciência e aprender a dizer: Perdão!”, manifestou o Papa.

Primeiro pontífice latino-americano da História, o Papa Francisco já emitiu um pedido de desculpas pelos crimes cometidos pela Igreja Católica contra os povos indígenas na era colonial. Em um novo passo para reverter a posição de inferioridade que muitas vezes estas culturas têm na hierarquia religiosa, ele tenta agora dar uma demonstração do importante papel destas comunidades no México.

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