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Iraquianos socorrem vítimas da bomba detonada por um suicida perto de Nassiriya, 300 quilômetros ao sul de Bagdá | Reuters
Iraquianos socorrem vítimas da bomba detonada por um suicida perto de Nassiriya, 300 quilômetros ao sul de Bagdá| Foto: Reuters

Atentados ocorridos ontem em bairros xiitas de Bagdá e em Ba­­tha, ao sul da capital, deixaram ao menos 72 mortos no Iraque. A on­­da de ataques ocorre em meio a um aumento da tensão entre mu­­çulmanos xiitas e a minoria sunita após a saída das tropas americanas do país, em dezembro.

O porta-voz militar de Bagdá, Qassim al-Moussawi, disse que a intenção dos ataques é "criar um tumulto entre a população iraquiana".

Apesar da intensificação das diferenças sectárias, Al-Moussawi destacou que "ainda é cedo" para dizer quem está por trás das mortes. Nenhum grupo assumiu imediatamente a autoria dos ataques.

As primeiras bombas foram de­­tonadas nos bairros xiitas de Sadr City e Kazimiyah, na capital iraquiana, e mataram pelo me­­nos 27 pessoas. Uma delas explodiu próximo a um ponto de ônibus.

Horas depois, um ataque suicida atingiu uma caravana de xiitas que seguia para a cidade sagrada de Karbala. O atentado, que ocorreu em Batha, próximo a Na­­siriyah, a 320 quilômetros ao sul de Bagdá, deixou 45 mortos.

Os ataques ocorrem uma se­­mana antes do Ashura, dia sagrado dos xiitas, que marca o fim de 40 dias de luto após o aniversário de morte do neto de Maomé, Hus­­sein. Neste ano, a celebração será em 14 de janeiro.

As pessoas atingidas pelas ex­­plosões seguiam para o santuário de Karbala. Eles estavam em um centro de cuidados, onde se oferece comida para os peregrinos, quando ocorreu o ataque.

Prisão

Nas últimas semanas, o clima esquentou depois que a Justiça iraquiana emitiu ordem de prisão contra o vice-presidente Ta­­req Hashemi, o sunita mais in­­flu­­ente do país. Ele, por sua vez, acu­­sou o premiê, o xiita Nuri al Ma­­liki, de estar envolvido na decisão.

Este é o momento de crise política mais grave em um ano. Os Es­­tados Unidos e a Organização das Nações Unidas pediram calma aos dois lados, mas até o mo­­mento sem respostas concretas.

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