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nobel de física 2020
Uma tela que exibe os vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2020: o britânico Roger Penrose, o alemão Reinhard Genzel e a americana Andrea Ghez, durante uma coletiva de imprensa na Royal Swedish Academy of Sciences, em Estocolmo, em 6 de outubro de 2020| Foto: Fredrik SANDBERG / TT NEWS AGENCY / AFP

O Prêmio Nobel de Física de 2020 foi concedido a três pesquisadores que fizeram descobertas sobre buracos negros, anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia nesta terça-feira (6).

Roger Penrose, da Universidade de Oxford vai receber metade do prêmio de 10 milhões de coroas suecas por ter provado, em 1965, que a teoria geral da relatividade leva à formação de buracos negros. A outra metade da premiação foi concedida ao alemão Reinhard Genzel e à americana Andrea Ghez, que lideraram dois grupos de astrônomos na descoberta de um objeto invisível e extremamente pesado que governa as órbitas das estrelas no centro de nossa galáxia – a explicação é de que seja um buraco negro supermassivo.

De acordo com a Academia, Penrose usou métodos matemáticos engenhosos para provar que os buracos negros são uma consequência direta da teoria geral da relatividade de Albert Einstein. Ele também os descreveu em detalhes, concluindo que "os buracos negros escondem uma singularidade em que cessam todas as leis conhecidas da natureza". "Seu artigo inovador ainda é considerado a contribuição mais importante para a teoria geral da relatividade desde Einstein", afirmou a Academia Real das Ciências da Suécia.

Genzel, diretor do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, na Alemanha, e professor da Universidade da Califórnia, nos EUA, e Ghez, professora da Universidade da Califórnia, lideram dois grupos de astrônomos que, desde o início dos anos 1990, se concentra em estudar uma região chamada Sagitário A* no centro da Via Láctea. Segundo a Academia sueca, eles refinaram novas técnicas para compensar as distorções causadas pela atmosfera da Terra, construindo instrumentos únicos.

Desta maneira eles mapearam as órbitas das estrelas mais brilhantes próximas ao centro da nossa galáxia e encontraram um objeto invisível extremamente pesado que puxa esse amontoado de estrelas, fazendo-as orbitar em velocidades vertiginosas. "Esse trabalho pioneiro nos deu a evidência mais convincente de um buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea", afirmou a Academia Real das Ciências da Suécia.

"As descobertas dos laureados deste ano abriram novos caminhos no estudo de objetos compactos e supermassivos. Mas esses objetos exóticos ainda colocam muitas questões que imploram por respostas e motivam pesquisas futuras. Não apenas perguntas sobre sua estrutura interna, mas também perguntas sobre como testar nossa teoria da gravidade sob as condições extremas nas imediações de um buraco negro", disse David Haviland, presidente do Comitê Nobel de Física.

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