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Oficiais transportam corpo de um dos dois policiais mortos num ataque na ilha turística espanhola de Mallorca | Javi Jimenez / Reuters
Oficiais transportam corpo de um dos dois policiais mortos num ataque na ilha turística espanhola de Mallorca| Foto: Javi Jimenez / Reuters

Uma bomba colocada debaixo de uma viatura policial explodiu nesta quinta-feira na ilha turística espanhola de Mallorca e matou dois policiais, num ataque que as autoridades afirmam ser o segundo do grupo separatista basco ETA em dois dias.

A bomba explodiu por volta de 13h50 (8h50 de Brasília) do lado de fora de escritórios utilizados pela Guarda Civil espanhola em Palmanova, a poucos quilômetros do palácio Marivent, onde a família real espanhola está passando suas tradicionais férias de verão.

Mais tarde, a polícia desativou outra bomba colocada debaixo de um segundo carro perto do local da primeira explosão, uma autoridade disse.

Autoridades espanholas fecharam rapidamente todos os portos e aeroportos da ilha para impedir que os responsáveis pelo ataque escapem. Depois os aeroportos foram reabertos.

As forças de segurança acreditam que o ETA, enfraquecido pela prisão se importantes líderes, está tentando dar uma demonstração de força para mostrar que ainda pode atacar o governo espanhol e manter a moral entre seus apoiadores.

As autoridades culparam de imediato os rebeldes bascos pelo ataque em Mallorca, que aconteceu um dia após 46 pessoas, incluindo crianças dormindo, terem ficado feridas pela explosão de uma bomba em um quartel familiar da Guarda Civil na cidade de Burgos.

Não houve confirmação imediata de reportagens da mídia local afirmando que várias pessoas ficaram feridas pela explosão desta quinta-feira.

O representante do governo espanhol na ilha chamou o ETA de "um grupo de loucos assassinos".

"Eles estão ficando cada vez mais desesperados e mais perigosos", disse o representante do governo Ramón Socias.

Na sexta-feira, o ETA, considerado culpado por mais de 800 mortes em décadas, comemora o aniversário de 50 anos de sua fundação secreta durante a ditadura de Franco, quando a cultura basca foi reprimida.

A data será marcada com comemorações da minoria nacionalista basca que defende o comportamento violento do ETA em prol da independência do País Basco do restante da Espanha.

Apesar de pesquisas de opinião mostrarem que a maioria dos bascos é favorável à independência para a região de montanhas, que já goza de considerável autonomia, o apoio à violência caiu nos últimos anos.

O último ataque fatal atribuído ao ETA foi em junho, quando um oficial da polícia antiterror foi morto na cidade basca de Bilbao.

O governo socialista da Espanha rompeu as negociações de paz com o ETA após o grupo rebelde ter assassinado duas pessoas com um carro-bomba no aeroporto de Madri em dezembro de 2006.

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