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Caminhões ficaram destruídos após ataques | Reuters
Caminhões ficaram destruídos após ataques| Foto: Reuters

Pelo menos 25 caminhões-pipa com abastecimento de água da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foram destruídos ou danificados em um ataque rebelde nos arredores da cidade paquistanesa de Quetta, informou a polícia local.

O ataque ocorreu por volta das 6h local (22h de Brasília), e foi cometido por pelo menos dois homens armados que abriram fogo contra cerca de 35 veículos da aliança atlântica estacionados em uma zona periférica do sul da cidade, capital da província do Baluchistão. As forças de segurança isolaram a área e lançaram uma operação de busca dos rebeldes.

A rede de televisão privada "Express" destacou que uma pessoa morreu no ataque, mas não especificou suas fontes. Ao menos 11 caminhões foram destruídos e outros 14 sofreram danos.

As próprias autoridades paquistanesas bloquearam na semana passada as rotas de suprimento da Otan, em represália a um bombardeio que matou três soldados seus perto da fronteira com o Afeganistão.

EUA e Paquistão são aliados na luta contra os militantes da Al Qaeda e Taliban, mas as incursões militares norte-americanas no território paquistanês, a partir do Afeganistão, causam frequentes atritos.

Analistas dizem que os EUA intensificaram seus bombardeios teleguiados nas últimas semanas, aparentemente em resposta a sinais de que militantes do Paquistão estariam tramando atentados sangrentos na Europa.

Uma fonte paquistanesa de inteligência disse que um cidadão britânico morto em um desses bombardeios tinha ligações com um militante que tentou explodir um carro-bomba neste ano na Times Square, em Nova York -- incidente pelo qual esse militante, chamado Faisal Shahzad, foi sentenciado à prisão perpétua na terça-feira nos EUA.

Analistas dizem que a possibilidade de fechar as rotas de suprimento dá poder de barganha para o Paquistão, embora o governo local costume atribuir as interdições a questões de segurança, e não à pressão política.

As tensões podem se agravar caso Washington exija mais cooperação paquistanesa antes do início da desocupação gradual do Afeganistão, a partir de julho de 2011, quando certamente surgirão preocupações com a estabilidade afegã.

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