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Pistoleiros mataram mais dez pessoas na sexta-feira (6) no nordeste da Nigéria, depois de invadirem uma prefeitura onde havia uma reunião de cristãos, segundo moradores, em mais um incidente que intensifica os temores de um conflito sectário no mais populoso país africano.

Um funcionário da Cruz Vermelha confirmou o incidente, mas não deu detalhes sobre o número de vítimas.

Moradores disseram à Reuters que os dez mortos na prefeitura de Mubi eram majoritariamente da etnia igbo, que formam uma minoria cristã no nordeste nigeriano, uma área de predomínio muçulmano.

Mubi fica no estado de Adamawa, logo ao norte do Estado de Borno, principal reduto da seita radical islâmica Boko Haram, responsável por ataques quase diários nos últimos meses. A Boko Haram, cujo nome significa "educação ocidental proibida", se inspira no Taliban.

Um jornal local publicou nesta semana um alerta da Boko Haram dando três dias para que os cristãos deixem as regiões de maioria muçulmana no norte da Nigéria, sob pena de serem mortos.

Na quinta-feira, pistoleiros abriram fogo em um culto cristão da Nigéria, matando seis pessoas e ferindo dez, segundo o pastor da igreja.

Os 160 milhões de nigerianos estão divididos em partes mais ou menos iguais entre cristãos (concentrados no sul) e muçulmanos (no norte). Apesar dessa divisão territorial básica, há muitas comunidades religiosamente mistas, convivendo pacificamente.

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