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Mexicanos deixam posto de Saúde na capital do país: Organização Mundial de Saúde está em alerta para que a doença não se transforme em pandemia. | Luis Acosta/AFP
Mexicanos deixam posto de Saúde na capital do país: Organização Mundial de Saúde está em alerta para que a doença não se transforme em pandemia.| Foto: Luis Acosta/AFP

Brasil reforça fiscalização

Brasília - A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou ontem em nota que intensificará sua ação nos portos de entrada do Brasil por conta dos casos de gripe suína. No entanto, o trânsito de passageiros entre Brasil e México não foi restringido por não haver orientação da OMS, segundo a agência.

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Trilogia

Saiba mais sobre as três epidemias de gripe suína que marcaram a História:

1918, na Espanha

Durante a primavera, o vírus Influenza sofreu mutações que tornaram a doença bastante severa, capaz de matar 80% dos infectados.

No mundo todo, a gripe causou entre 20 milhões e 50 milhões de mortes. Alguns fatos inexplicáveis estão relacionados à epidemia.

Ela eclodiu simultaneamente em várias partes do globo e atingiu pessoas com idadesna faixa dos 20 e dos 30 anos, quando o sistema de imunidade é mais forte do que em crianças e idosos.

1976, nos EUA

O alarme soou quando, em fevereiro, um recruta do exército em Nova Jérsei se sentiu cansado e fraco, e morreu no dia seguinte, quando quatro colegas seus foram hospitalizados. Duas semanas depois, a causa foi identificada como gripe suína. Responsáveis pela saúde pública chamaram a atenção para a necessidade de vacinação a fim de evitar outra pandemia semelhante à de 1918. Quando o programa foi cancelado, depois de atrasos e outros problemas, cerca de 20% da população tinha sido inoculada.

2007, nas Filipinas

Em agosto, oficiais do Departamento de Agricultura investigaram a ameaça de gripe suína em Nueva Ecija e Luzon Central. A taxa de mortalidade é inferior a 10% quando não existem complicações ligadas à doença. No mesmo ano, o órgão nacional responsável pela inspeção de carne deu um "alerta vermelho" em Metro Manila e em outras cinco regiões de Luzon depois de identificar a doença em criações de porcos em Bulacan e Pampanga.

Fonte: Wikipedia

Cidade do México - Autoridades da saúde no México e nos Estados Unidos tomaram medidas de emergência para conter surtos de um novo tipo de gripe suína. No México, pelo menos 20 mortes foram confirmadas até a noite de ontem e outras 48 estavam sob investigação. Cerca de mil pessoas internadas apresentavam sintomas semelhantes e poderiam estar infectadas. Nos Estados Unidos, oito pessoas teriam sido infectadas.

Para evitar que a doença se espalhe, autoridades mexicanas aconselharam a população a evitar aglomerações, inclusive deixando de usar o metrô. Grande parte das atividades culturais foi cancelada na Cidade do México e arredores. Museus, escolas, bibliotecas, teatros e cinemas públicos foram fechados. O país lançou uma campanha de vacinação, mas não há doses suficientes.

O ministro da Saúde mexicano, José Angel Córdova, afirmou que o vírus é uma mutação que veio de porcos e foi transmitido a humanos. Ele também preveniu contra beijos e apertos de mão. No aeroporto internacional da capital mexicana, passageiros com sintomas de gripe eram aconselhados a não viajar e todos tiveram de responder a questionários sobre saúde. No país, a maioria dos doentes era formada por jovens adultos sem histórico de doença semelhante.

Ministros da Saúde de outros países americanos, como a Costa Rica e o Chile, anunciaram programas de prevenção. Nos Estados Unidos, especialistas se mostraram preocupados com os casos ocorridos na Califórnia e no Texas e reforçaram que o vírus inclui cepas de diferentes tipos de gripe. Segundo um porta-voz da Casa Branca, o presidente Barack Obama foi alertado sobre a possibilidade de o número de casos aumentar abruptamente.

A Organização Mundial da Saúde, que identificou a gripe suína como uma potencial fonte de pandemia de gripe humana, ativou seu centro de operações global contra epidemias.

O secretário de Saúde do Distrito Federal mexicano, Armando Ahued, afirmou que "todas as pessoas que não haviam sido vacinadas" contra a gripe de inverno comum deveriam ser imunizadas com urgência. "Este novo vírus é suscetível a um antiviral específico, e os casos que forem detectados e determinados como gripe serão perfeitamente tratados", afirmou.

Mas o site dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês) afirma que não há vacina para proteger humanos especificamente contra a gripe suína – apenas porcos poderiam ser eficazmente imunizados. "A vacinação anual contra Influenza provavelmente ajudaria a proteger parcialmente contra a cepa H3N2 do vírus suíno, mas não contra a H1N1", diz.

O Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças afirmou que o novo subtipo H1N1 do vírus Influenza tipo A identificado em pelo menos dois dos sete casos confirmados nos Estados Unidos poderia se desenvolver em um vírus do tipo pandêmico.

Surtos do H1N1 foram registrados nos Estados Unidos em 1976, 1986 e em 1988 – neste último ano, uma mulher grávida morreu após ter contato com porcos doentes, segundo a OMS. Em anos recentes, o foco global de pandemia de gripe havia mudado para o tipo H5N1, o vírus da gripe aviária, que se espalhou em humanos e matou 257 das 421 pessoas infectadas desde 2003.

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