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Agentes dos departamentos americanos de Patrulha da Fronteira, Imigração e Alfândega (ICE) e da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) participam de treinamento no estado de New Mexico, na fronteira com a mexicana Ciudad Juarez, em 31 de janeiro de 2019
Agentes dos departamentos americanos de Patrulha da Fronteira, Imigração e Alfândega (ICE) e da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) participam de treinamento no estado de New Mexico, na fronteira com a mexicana Ciudad Juarez, em 31 de janeiro de 2019| Foto: Herika Martinez / AFP

A economia americana sob o presidente Donald Trump tem apresentado ótimos resultados, mesmo sob a pressão de uma guerra comercial com a China: o crescimento do PIB (anualizado) no primeiro trimestre de 2019 foi de 3,1%, o desemprego está em 3,6%, o menor nível desde 1969, e o salário médio (por hora) está aumentando em um ritmo mais rápido do que a inflação.

Manter uma economia vigorosa era uma das promessas de campanha de Trump em 2016 e, até agora, tudo indica que ele vai cumpri-la. O mesmo, porém, não pode ser dito sobre seu compromisso em conter a imigração para os Estados Unidos.

Neste ano fiscal americano (que teve início em 1º de outubro de 2018 e termina em 30 de setembro), a Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) deportou mais imigrantes do que nos outros anos fiscais do governo Trump, mas o número ainda não alcança as taxas de deportação do início do governo Obama, segundo um relatório do Departamento de Segurança Interna dos EUA divulgado pelo site de notícias Axios na sexta-feira (21).

No governo Obama, o total de deportações foi de mais de 385 mil por ano fiscal entre 2009 e 2011, com o auge em 2012, com 409 mil deportações. Os números caíram e ficaram abaixo de 250 mil em 2015 e 2016.

No governo Trump, as deportações pelo ICE caíram para cerca de 226 mil no ano fiscal de 2017, depois subiram para mais de 250 mil em 2018. A taxa mais alta durante o governo Trump é de cerca de 282 mil neste ano fiscal - até o momento, faltando quatro meses para o fim do período.

Desde sua campanha em 2016, Trump tem prometido repetidamente deportar milhões de imigrantes que vivem sem autorização no país. Na semana passada, ele anunciou que daria início a um processo para "remover milhões de imigrantes ilegais que chegaram ilicitamente aos EUA". "Eles serão removidos tão rapidamente quanto eles chegaram", disse Trump, na semana em que anunciou oficialmente à sua candidatura à reeleição de 2020.

Uma promessa que empolga a sua base eleitoral e é ambiciosa, já que o ICE, a agência encarregada das remoções, está "sobrecarregado, com falta de funcionários, financiamento e espaço de detenção para seu trabalho atual", segundo a agência de notícias AP.

Enquanto sofre com a falta de recursos, a agência tem que lidar com o grande fluxo de migrantes que chegam à fronteira sul do país. As travessias ilegais pela fronteira com o México chegaram ao maior número em mais de uma década, e centenas de agentes do ICE foram enviados para lá nos últimos meses, o que causou a queda no número de detenções de migrantes no interior do país, segundo o Washington Post.

Especialistas disseram ao Post que um esforço em grande escala para prender e deportar centenas de milhares de migrantes, que exigiria operações em bairros e casas, seria exorbitantemente caro e com pouca chances de ser bem-sucedido.

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