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O número de mortos deixados por uma explosão em uma mesquita de Damasco chegou a 42, de acordo com informações do Ministério da Saúde, citado pela TV oficial. Entre os mortos estão o clérigo alauita Mohammad Said Ramadan al Buti, 84, aliado do ditador Bashar Assad, e o neto dele.

De acordo com a TV, a explosão na mesquita, que está localizada no centro de Damasco, foi causada por "um terrorista suicida", maneira como o regime se refere aos rebeldes que lutam, há dois anos, para depor Assad.

O terrorista detonou a bomba dentro do templo, que estava lotado para a oração noturna de hoje.

Não há confirmação sobre a autoria do ataque.

O regime sírio impede que a mídia, principalmente a internacional, atue livremente no país.

Com a morte do clérigo, os alauitas, vertente do xiismo a que pertence Assad, perdem uma de suas principais influências religiosas. Nascido na Turquia, ele ficou conhecido por ser um dos principais teóricos islâmicos da Universidade de Damasco.

Além da publicação de diversos livros sobre o islamismo, ele costumava aparecer com frequência na televisão em mensagens religiosas e discursos de apoio a Assad, em especial na década de 1990, nos últimos anos do mandato do pai do ditador, Hafez Assad.

Os alauitas controlam o país desde 1973, quando Hafez assumiu o governo. No período, os sunitas, que são maioria da população e compõem a maioria dos integrantes das forças rebeldes, foram discriminados.

O conflito na Síria deixou pelo menos 70 mil mortos desde março de 2011, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).

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