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Minoria uigur, que professa o islamismo, é perseguida pelos comunistas no Oeste da China | Stephen Shaver/Bloomberg
Minoria uigur, que professa o islamismo, é perseguida pelos comunistas no Oeste da China| Foto: Stephen Shaver/Bloomberg

 De Pequim ao Tibete, o Partido Comunista da China está engajado em um forte movimento de repressão religiosa e, para isso, usa táticas remanescentes da Revolução Cultural. 

Recentemente, as ações incluíram a queima de Bíblias e o fechamento forçado de igrejas, bem como detenções em massa de muçulmanos uigures (muçulmanos que habitam a região de Xinjiang) e o alojamento forçado de funcionários do partido em suas casas. 

Há muito tempo, o budismo tibetano tem sido alvo de perseguição do ateu Partido Comunista da China, embora as forças de repressão contra esse grupo religioso sejam menos violentas do que as medidas tomadas contra cristãos e muçulmanos. Em 2017, o governo chinês demoliu um dos maiores templos budistas tibetanos do mundo, reduzindo o número de monges e freiras de 12 mil para menos de 5 mil. 

Em setembro, como parte de um forte ataque contra os cristãos na província de Henan, autoridades do PCC invadiram a Igreja Meisheng, na cidade de Luohe, interromperam a cerimônia e repreenderam de maneira violenta os líderes religiosos. A polícia deteve o pastor da igreja por ter se recusado a assinar uma notificação de violação e argumentou que o documento valeria mesmo que ele não o subscrevesse. 

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Essa ação revela uma nova onda antirreligiosa impulsionando a repressão. Diversas práticas religiosas devem estar submetidas à vontade do partido, quer os crentes cumpram, como o Vaticano considera conveniente, ou não. 

O Regulamento de Assuntos Religiosos da China, de 2017, que entrou em vigor em fevereiro de 2018, afirma que “os cidadãos têm liberdade de crença religiosa”. No entanto, a falta de conformidade com a vigilância chinesa gera punição sem limites. 

A consolidação do poder de Xi Jinping desde 2012, e especialmente desde o 19º Congresso do Partido, em outubro de 2017, é a força motriz por trás dessa repressão, que inclui várias campanhas de propaganda, demissões partidárias, bem como o sufocamento cultural das minorias étnicas da China. O fortalecimento do poder de Xi se deve, principalmente, por sua expansão. O novo foco da China no poderio militar, bem como sua influência econômica no mundo, não deve ser subestimado. 

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Neste verão, o Departamento de Estado dos EUA realizou sua primeira reunião ministerial para promover a liberdade religiosa no Mundo. O evento resultou na Declaração de Potomac, que afirma: “A ameaça física ou sanções penais que obriguem crentes ou descrentes a adotar diferentes crenças, a renegar sua fé ou a revelar sua fé está em total desacordo com a liberdade religiosa". 

O ministério também adotou um plano de ação para pedir aos países que permitam a livre reunião de grupos religiosos sem uma regulamentação burocrática, como a que predomina na China. Em uma declaração co-assinada pelo Canadá, Kosovo e Reino Unido, o Departamento de Estado condenou a China por violar a liberdade religiosa no país. 

Atualmente, o governo dos EUA está analisando uma série de medidas políticas para responsabilizar o governo de Xi, incluindo o uso da Lei Magnitsky para sancionar os responsáveis pela repressão à liberdade religiosa no país. 

A situação na China, finalmente, faz com que cresça o apoio a pessoas de todas as religiões que enfrentam desafios na China, e demonstra que os EUA continuarão a ser um lugar de liberdade para aqueles que vivem sob repressão.

©2018 Daily SIgnal. Publicado com permissão. Original em inglês
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