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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que enquanto ele continuar desempenhando seu cargo, Washington não voltará a espionar à chanceler alemã, Angela Merkel.

"Não quero deteriorar a relação entre Estados Unidos e Alemanha por medidas de espionagem que impeçam nossa comunicação confidencial", disse Obama em entrevista que exibida neste sábado naemissora alemã "ZDF".

Obama reagiu assim ao mal-estar originado na Alemanha pela notícia que durante anos a espionagem dos EUA tinha grampeado um dos telefones celulares de Merkel.

"Enquanto eu for presidente, a chanceler alemã não terá que se preocupar com mais este problema", disse Obama, que ressaltou que embora ele e Merkel nem sempre tenham a mesma opinião em questões de política externa isso não é razão para espioná-la.

Obama lembrou, no entanto, que os serviços secretos seguirão compilando dados para "garantir a segurança nacional" e disse que para isso há razões estratégicas.

"Para que servem os serviços secretos se só podem investigar o que aparece na "Der Spiegel" ou no "New York Times"?", se perguntou.

O trabalho dos serviços secretos, segundo Obama, é investigar o que certa tipo de gente planeja e checar suas intenções.

Obama disse que a capacidade de espionagem dos serviços secretos dos EUA supera a de muitos outros países e que isso representa uma responsabilidade especial, mas expressou sua compreensão pelo mal-estar de muitos alemães sobre o assunto.

"O presidente dos Estados Unidos não é o grande imperador de todo o mundo, mas só uma peça em um aparelho gigantesco", disse Obama na entrevista, que foi exibida no programa "Heute Journal" às 22h45 (local, 20h45 GMT).

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