Washington - No que deve ter sido o encontro de homens em torno de garrafas de bebida mais coberto e debatido em tempo real da história dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama, seu vice, Joe Biden, o intelectual negro Henry Gates Júnior e o policial branco James Crowley sentaram-se ontem à mesa de um jardim da Casa Branca para degustar cervejas geladas.
Apelidada pela imprensa local em tom de galhofa de "Cúpula da Cerveja, a reunião foi transmitida ao vivo pelas emissoras noticiosas do país, que acompanharam tudo em programas especiais, com mesas-redondas e comentaristas especialmente convidados.
Tamanha histeria justifica-se pelo contexto do encontro: no dia 16, Crowley prendeu por conduta desordeira Gates, que, após voltar de viagem, não conseguiu abrir a sua própria casa na cidade de Cambridge, onde leciona na conceituada Universidade Harvard; Obama comentou o assunto em sua mais recente entrevista coletiva, na semana passada, chamando a ação policial de "estúpida.
A intromissão executiva e a qualidade dos atores do incidente Gates é um respeitado estudioso de raças; Crowley dá cursos antirracismo a seus colegas foi o suficiente para reacender com vigor o debate racial de um país que, supostamente, tinha virado "pós-racial desde a eleição de seu primeiro presidente negro.
Ativistas negros reafirmaram o que chamam de tendência de discriminação racial da polícia. Comentaristas conservadores passaram a chamar o presidente abertamente de racista pela primeira vez desde a posse. Para aliviar a tensão, o presidente voltou atrás no termo que usou e convidou professor e policial para uma rodada de cerveja.
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