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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta segunda-feira (5) que o compromisso de seu país com Israel é "sólido como uma rocha", ao receber o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na Casa Branca para falar da delicada questão do programa nuclear iraniano.

Nesse sentido, Obama assegurou que a diplomacia tem ainda uma oportunidade no Irã, país suspeito para as potências ocidentais de querer obter a arma atômica e o qual Israel ameaçou unilateralmente em atacar nas últimas semanas.

Ao receber Netanyahu no Salão Oval para iniciar as conversas sobre o Irã, Obama tentou acalmar os temores de Israel ao reafirmar que seu compromisso com a segurança israelense não pode ser quebrado.

Mas o líder americano também deixou claro que sua preferência para a resolução do conflito é pacífica.

"Acreditamos que ainda existe uma janela que permite a possibilidade de uma resolução pacífica para esta questão", disse reiterando que o Irã precisa tomar uma decisão que ainda não tomou.

"Todas as opções" estão abertas, afirmou Obama. "Quando digo que todas as opções estão na mesa, realmente é o que quero dizer", afirmou.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel deve "continuar sendo dono de seu destino", no momento em que esse país considera destruir o programa nuclear iraniano.

"Minha responsabilidade suprema, como primeiro-ministro israelense, é velar para que Israel continue sendo dono de seu destino", declarou Netanyahu, após agradecer Obama por seu apoio ao direito de Israel de se defender.

Israel disse que, se as sanções contra o Irã não bastam para frustrar suas ambições nucleares, se reserva o direito de realizar um ataque preventivo contra a República Islâmica.

Tanto o presidente americano, como o primeiro-ministro israelense, que fez da luta contra o programa nuclear iraniano sua prioridade, prepararam o terreno para o debate.

No domingo, Obama criticou de forma velada a crescente ameaça de um ataque israelense contra o Irã. "Falamos muito de guerra", disse.

Mas também tratou de tranquilizar seu aliado, reiterando sua disposição em usar a força contra Teerã se for necessário. Netanyahu comemorou o fato de o presidente reafirmar que "todas as opções estão sobre a mesa" para impedir que o Irã adquira armas nucleares.

Segundo analistas israelenses, Netanyahu está esperando do presidente Obama a promessa de uma operação militar dos Estados Unidos contra o Irã ou, ao menos, um acordo tácito para um ataque israelense.

A gestão do tema nuclear iraniano, já perigosa por si só, é complicada para Obama, candidato para um segundo mandato à frente do país contra seus opositores republicanos, que não deixam de criticá-lo por sua suposta fragilidade em política externa.

"Se Barack Obama for eleito, o Irã terá armas nucleares, e o mundo mudará se esse for o caso", declarou Mitt Romney, favorito para a indicação republicana para as eleições presidenciais em novembro.

A última vez que Obama e Netanyahu se encontraram foi na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2011. Quatro meses antes, o líder israelense infligiu um golpe em seu aliado ao rejeitar seu apelo por um Estado palestino baseado nas fronteiras de 1967.

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