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A  Justiça da Colômbia condenou o ex-senador Antonio Guerra de la Espriella, pelo envolvimento no escândalo de corrupção relacionado à construtora brasileira Odebrecht.
A Justiça da Colômbia condenou o ex-senador Antonio Guerra de la Espriella, pelo envolvimento no escândalo de corrupção relacionado à construtora brasileira Odebrecht.| Foto: Divulgação

A Corte Suprema de Justiça da Colômbia condenou o ex-senador Antonio Guerra de la Espriella, do partido Mudança Radical, a 13 anos, oito meses e um dia de prisão pelo envolvimento e tráfico de influência no escândalo de corrupção relacionado à construtora brasileira Odebrecht.

O ex-senador também terá que pagar multas de mais de 1,1 bilhão de pesos (US$ 308,5 mil) e ficará proibido de ocupar cargos públicos pelo tempo de condenação.

Segundo a decisão, no final de 2012, ele "teria sido parte do empreendimento criminoso liderado pelos diretores" da Odebrecht e vários lobistas "a fim de cometer crimes indeterminados".

Guerra de la Espriella teria exercido "influência indevida" sobre o então ministro da Fazenda, Mauricio Cárdenas, para assinar um contrato de concessões com a Odebrecht que se concretizou em dezembro daquele ano.

Os lobistas (Federico Gaviria, Otto Bula Bula e Bernardo Miguel Elías) receberam 4 bilhões de pesos (mais de US$ 1 milhão), e Guerra recebeu 200 milhões de pesos (US$ 52,5 mil) "por ter cumprido a tarefa proposta para a organização criminosa".

O ex-senador, segundo a decisão judicial, também influenciou indevidamente o então presidente da Financiera de Desarrollo Nacional, Clemente Luis del Valle, para dar sinal verde à empresa portuguesa Afa Vias, que estava interessada em adquirir participações da Odebrecht.

O ex-parlamentar também teria influenciado na concessão de um contrato ao consórcio Navelena, do qual a empresa brasileira era o principal acionista, com 87%, e que planejava recuperar a navegabilidade de um trecho do rio Magdalena, o principal da Colômbia.

O ex-senador, que entre 2012 e 2017 obteve um "aumento injustificado de patrimônio" de quase 600 milhões de pesos (mais de US$ 150 mil), foi condenado, entre outros crimes, por conspiração agravada para cometer um crime, tráfico de influência por um funcionário público e enriquecimento ilícito de um funcionário público, e foi absolvido pela acusação de suborno.

Além disso, a Corte Suprema decidiu que ele deve permanecer na prisão, onde está desde que se entregou em março de 2019.

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