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A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta terça-feira (5) uma resolução pedindo que o governo do Reino Unido volte a negociar com a Argentina sobre a soberania das ilhas Malvinas, em assembleia de chanceleres dos 42 países da organização em Cochabamba, na Bolívia.

O documento foi aprovado por 40 países, exceto Canadá e Estados Unidos, em resposta a um pedido do ministro de Relações Exteriores argentino, Héctor Timerman, que alegou não ter resposta do Reino Unido sobre o tema e que os britânicos ignoraram 39 resoluções da ONU nesse sentido.

A decisão foi recusada pelo Canadá, que tem a rainha Elizabeth 2ª como chefe de Estado, por acreditar que somente os habitantes do arquipélago podem decidir sobre o tema, opinião respaldada pelo Reino Unido. Os Estados Unidos reconhecem a administração britânica, mas não adotam posição sobre a soberania.

A medida foi elogiada pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que qualificou a decisão como "muito importante" para os cidadãos do país sul-americano. No entanto, recebeu críticas da subdiretora do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, Fiona Clouder.

A representante britânica afirmou que as ilhas são governadas de forma autônoma e com líderes eleitos de forma democrática, além de ter uma Constituição própria que estabelece a relação com o Reino Unido por lei.

"O futuro não está nas mãos do Reino Unido, nem da Argentina, nem de nenhum outro país representado aqui. Está nas mãos dos povos das ilhas", disse, confirmando que Londres só negociará com Buenos Aires caso haja pedido dos habitantes do arquipélago.

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