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O chefe de Negociações da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, admitiu nesta quinta-feira (14) o posicionamento de uma força internacional para conter o conflito interno palestino em Gaza, dizendo que "todas as opções estão abertas".

Nas declarações, Erekat, um dos principais conselheiros do presidente palestino, Mahmoud Abbas, qualificou a situação na Faixa de Gaza de "nefasta". Ele afirmou que, apesar dos esforços dos dirigentes de chegar a um acordo e reduzir a tensão, "a situação apenas se deteriora".

Erekat negou as informações de que o movimento Fatah, liderado por Abbas, e o islâmico Hamas, do primeiro-ministro Ismail Haniyeh, tinham chegado a um novo acordo de cessar-fogo.

"Os mediadores egípcios continuam negociando uma trégua entre as partes. Estamos tentando chegar a um acordo", comentou, sem explicar o que impede o consenso.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, consultou na quarta-feira o Conselho de Segurança sobre a possibilidade de postar uma força multinacional para deter o conflito interno palestino em Gaza.

Ban disse que o presidente palestino pediu a ele que considerasse o envio de uma força de intervenção. Mas acrescentou que ainda tem muitas dúvidas sobre o tema.

"Ainda não está claro se aceitamos uma presença internacional em Gaza, onde ficaria, sob que termos e qual seria sua missão", disse o secretário-geral.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que deve viajar na próxima semana aos Estados Unidos, solicitará numa reunião com Ban o envio de uma força multinacional da ONU à Rota Filadélfia, ao longo da fronteira sul da Faixa de Gaza, informou a rádio pública israelense.

Olmert também se reunirá com o presidente George W. Bush, dia 19 de junho.

A ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, inicia nesta quinta uma viagem por vários países europeus. Ela vai discutir a situação nos territórios palestinos com seus colegas, inclusive "a questão do posicionamento de uma força internacional", disseram fontes do Ministério.

O chefe da diplomacia européia, Javier Solana, mencionou ontem que a União Européia (UE) está disposta a considerar fazer parte de uma força internacional militar ao sul da Faixa de Gaza.

Hamas anuncia tomada de quartel em GazaA milícia do movimento islâmico Hamas afirmou nesta quinta-feira que seus homens tomaram o quartel da Segurança Preventiva na Cidade de Gaza, sitiado desde o meio-dia de ontem.

Um porta-voz da milícia disse que o quartel, uma das duas posições nas quais o Fatah ainda resistia em Gaza, caiu esta manhã. Ele havia sido bombardeado nas últimas horas com centenas de bombas e foguetes antitanque.

Nenhuma fonte do Fatah confirmou até agora a informação, que representaria um duro golpe para os nacionalistas em sua resistência ao Hamas.

Abbas pode anunciar ruptura com HamasO presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, deve fazer um pronunciamento à nação para revelar uma decisão sobre a atual situação de violência na Faixa de Gaza, informaram fontes oficiais palestinas.

As fontes não deram mais detalhes sobre o possível conteúdo do discurso de Abbas. Mas a imprensa especula que o presidente palestino pode anunciar a saída definitiva de seu movimento, Fatah, da coalizão de governo com o Hamas.

Na terça-feira, o Comitê Central do movimento nacionalista, reunido numa sessão extraordinária em Ramala, já havia decidido abandonar o executivo de união nacional palestino se a violência desenfreada na Faixa de Gaza continuasse.

Milicianos do movimento islâmico continuam tomando posições do Fatah em diferentes combates na Faixa de Gaza.

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