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Médicos se preparam para atender pacientes de Covid-19 em hospital de Bruxelas, Bélgica, 3 de dezembro. OMS Europa disse que vacinação obrigatória deve ser último recurso
Médicos se preparam para atender pacientes de Covid-19 em hospital de Bruxelas, Bélgica, 3 de dezembro. OMS Europa disse que vacinação obrigatória deve ser último recurso| Foto: EFE/EPA/STEPHANIE LECOCQ

O diretor do escritório para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, afirmou nesta terça-feira que a vacinação obrigatória contra a Covid-19 não deve ser a prioridade dos países que tentam reduzir o contágio.

"A obrigação sobre a vacina é um último recurso, e só aplicável quando todas as opções viáveis para melhorar os índices de vacinação tenham se esgotado", disse o representante regional da agência, em entrevista coletiva.

Kluge fez um apelo para "estabilizar" a crise, afirmando ser necessário dar impulso à vacinação e a medidas como uso de máscara, ventilação de ambientes internos e testes em massa, ao tempo em que se disse "cauteloso e preocupado" com a variante ômicron do novo coronavírus.

"O problema, agora, é a delta, e qualquer êxito contra a delta hoje é um ganho com relação à ômicron para amanhã", explicou o diretor da OMS-Europa.

Segundo Kluge, a variante descoberta duas semanas atrás vem crescendo e é correto estar "preocupado e prudente", no entanto, ainda são precisos mais dados, o que o fez pedir "cabeça fria".

O representante da OMS também fez um apelo para que sejam criados ambientes seguros para as crianças nas escolas, para evitar o fechamento de instituições de ensino e o retorno das aulas remotas.

Kluge lembrou que, atualmente, a incidência de novos casos em crianças de cinco a 11 anos é três vezes maior do que em outros grupos etários.

Por isso, considera que o uso de máscaras, a ventilação dos ambientes e os testes regulares deveriam ser "padrões" em todas as escolas primárias, e a vacinação de crianças deveria ser "discutida e considerada" pelos países.

"A vacinação das crianças mais jovens não apenas reduz o papel delas na transmissão da Covid-19, mas também as protege de casos severos associados com a Covid-19 de longa duração ou com síndromes inflamatórias multissistêmicas", afirmou o diretor da OMS Europa.

Kluge indicou que, desde a última entrevista coletiva, um mês atrás, 120 mil pessoas morreram por causa da infecção pelo novo coronavírus no continente e na Ásia Central, áreas abrangidas pelo escritório regional da agencia.

Se chegou a um "platô elevado", com cerca de 4,1 mil mortos por dia, lamentou o diretor, que completou que a quantidade é "significativamente" mais baixa do que em outras ondas da Covid-19, justamente, por causa da vacinação.

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