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Cartaz com foto de Nicolás Maduro junto de imagem do antecessor Hugo Chávez durante ato de funcionários públicos venezuelanos no Dia do Trabalho, no domingo (1º)
Cartaz com foto de Nicolás Maduro junto de imagem do antecessor Hugo Chávez durante ato de funcionários públicos venezuelanos no Dia do Trabalho, no domingo (1º)| Foto: EFE/Ronald Peña

A ONG Espaço Público documentou 244 casos de violações à liberdade de expressão na Venezuela em 2021, o que representa queda de 37% na comparação com o ano anterior, embora a organização não considere isso um indicativo de melhora estrutural da situação.

“Tivemos 244 casos em 2021, o que indica uma redução de, pelo menos, 37% com relação a 2020. Embora seja uma boa notícia, isso não indica que esteja melhorando estruturalmente a situação”, apontou María Rodríguez, coordenadora do Observatório da Liberdade de Expressão da ONG.

De acordo com a representante da organização, os números mostram que a Venezuela está retornando à média de casos que eram registrados antes de 2017, quando houve 480 casos.

“Entre os anos de 2002 e 2012, a média era de 143, depois, entre 2013 e 2016, aumentou para 268. Tivemos um piso histórico entre 2017 e 2020, com uma média de 480”, detalhou Rodríguez.

Segundo a ONG Espaço Público, em 2021, 34% dos casos estiveram relacionados à intimidação - que é o impedimento da cobertura jornalística e o registro de fatos de interesses públicos - de jornalistas e cidadãos que querem acompanhar algum fato irregular, especialmente, em postos de gasolina e hospitais. “Este é o tipo de violação mais frequente, com 166 registros”, disse Rodríguez.

A coordenadora disse que, no balanço, a censura reúne 31% dos casos, com um total de 144 registros. Na sequência, aparecem as restrições administrativas, com 11%. Além disso, Rodríguez explicou que estas medidas estão vinculadas ao fechamento de meios de comunicação, embora também possam derivar em sanções econômicas que “afetam o trabalho de um veículo”.

A ONG ainda registrou o fechamento de 11 meios de comunicação na Venezuela, sendo nove emissoras de rádio, um veículo impresso e outro digital.

“Seguem as detenções arbitrárias, embora estes dados sejam menores. Em 2021, tivemos 35 prisões arbitrárias por buscar, receber ou difundir informações”, concluiu Rodríguez.

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