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Jerusalém - Grupos israelenses de defesa dos direitos humanos pediram ontem uma "investigação independente sobre os crimes de guerra" do Exército de Israel na faixa de Gaza – denunciados por soldados que participaram da recente operação militar no território palestino.

Várias organizações afirmaram em um comunicado que a decisão do governo de investigar a morte de civis palestinos não garante a objetividade necessária.

"A rejeição do governo de estabelecer uma comissão de investigação independente é uma violação das responsabilidades de Israel frente ao direito internacional", afirmam as organizações em carta dirigida ao procurador-geral do Estado de Israel, Menahem Mazouz.

Segundo o comunicado, a decisão de abrir uma investigação sobre o ocorrido três semanas depois que os fatos foram publicados pela imprensa, abre margem para questionamentos.

De acordo com depoimentos de soldados que participaram da ofensiva de 27 de dezembro a 18 de janeiro em Gaza, que foram divulgados na quinta-feira, soldados israelenses mataram civis palestinos indefesos.

Segundo um balanço das fontes médicas palestinas, a ofensiva israelense contra o Hamas na faixa de Gaza provocou a morte de 1.330 palestinos e feriu 5.000. Entre os mortos estão 437 crianças menores de 16 anos, 110 mulheres e 123 idosos, e 14 médicos e jornalistas.

A operação militar lançada por Israel tinha por objetivo reduzir o mínimo lançamento de foguetes contra seu território por parte dos grupos palestinos insurgentes, como o Hamas. Do lado dos israelenses, o balanço foi de dez militares e três civis mortos, segundo dados oficiais.

O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) para os territórios palestinos, Richard Falk, afirma que há indícios legais de que Israel cometeu crimes de guerra em sua recente ofensiva em Gaza. O relator pede que um grupo de analistas averigue sua denúncia e afirma que a ação militar israelense em Gaza não estava legalmente justificada e foi potencialmente um crime de guerra.

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