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Refugiados de Mariupol cruzam a fronteira Ucrânia-Rússia na passagem de fronteira Veselo-Voznesenka na região de Rostov.
Refugiados de Mariupol cruzam a fronteira Ucrânia-Rússia na passagem de fronteira Veselo-Voznesenka na região de Rostov.| Foto: EFE/EPA/ARKADY BUDNITSK

O Programa Mundial de Alimento da ONU (PMA) denunciou nesta sexta-feira (18) que estão acabando as reservas de água e comida da população de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, sitiada pelas tropas russas.

"A única maneira de auxiliar Mariupol é através de comboios humanitários, que, por enquanto, não conseguiram entrar", apontou o coordenador de emergências do PMA para a Ucrânia, Jakob Kern, durante videoconferência feita a partir de Cracóvia, na Polônia.

Segundo o representante da agência da ONU, Kharkiv, Kiev, Odessa e Sumy estão recebendo ajuda do programa das Nações Unidas, que mobilizou suprimentos para alimentar cerca de três milhões de pessoas por um mês.

O PMA já conseguiu acessar diferentes áreas da Ucrânia e levar 12 mil de toneladas de ajuda, enquanto outras 8 mil toneladas estão esperando em países próximos, para serem levadas à antiga república soviética.

Kern também expressou a preocupação do PMA pelo impacto que a guerra pode ter na segurança alimentar global pois Rússia e Ucrânia são grandes produtores e exportadores, principalmente, de cereais. O conflito, de acordo com o representante do programa, já fez com que os preços globais dos alimentos disparassem a patamares recordes.

"As consequências do conflito estão se estendendo e vão causar uma onda colateral de fome no planeta", advertiu o representante do PMA.

Os dois países concentram quase 30% do comércio mundial de trigo, cereal que é a base da alimentação de muitos países e que, desde o início da guerra, teve alta de preço em 24%.

A Ucrânia é o quarto produtor mundial deste cereal e está entre os três primeiros de milho, cevada, óleo de girassol, segundo destaca a PMA.

Kern apontou que as regiões com segurança alimentar mais vulneráveis pela atual guerra são África e Oriente Médio. O Líbano, por exemplo, importava 60% do trigo da Ucrânia.

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