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Carros passam por rua em Havana, Cuba, onde outdoor faz referência ao bloqueio econômico imposto à ilha de Fidel Castro como sendo o "maior genocídio da história" | REUTERS/Enrique De La Osa
Carros passam por rua em Havana, Cuba, onde outdoor faz referência ao bloqueio econômico imposto à ilha de Fidel Castro como sendo o "maior genocídio da história"| Foto: REUTERS/Enrique De La Osa

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta terça-feira por arrasadora maioria uma nova resolução de condenação ao embargo econômico e comercial que os Estados Unidos impõem a Cuba há cinco décadas.

A resolução foi aprovada com 188 votos a favor, três contra, e duas abstenções, segundo anunciou o presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremic, ao término de um debate que se estendeu por quase três horas.

Os três países que votaram contra a resolução foram Estados Unidos, Israel e Palau, enquanto as abstenções foram de Micronésia e Ilhas Marshall.

Na última votação realizada no ano passado, a resolução de condenação ao embargo contou com os votos contrários de EUA e Israel, enquanto Palau se absteve junto com Micronésia e Ilhas Marshall.

Esta nova resolução de condenação ONU já foi aprovada em 21 ocasiões, a primeira vez em 1992 com 59 votos a favor, três contra e 71 abstenções, e a última no ano passado com 186 apoios.

Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou um "persistente recrudescimento" do embargo contra Cuba durante os primeiros quatro anos do governo de Barack Obama.

"É um ato de agressão e uma ameaça permanente contra a estabilidade de um país. É também uma grosseira violação das normas de comércio internacional, da livre navegação, e dos direitos soberanos dos Estados", indicou.

Os EUA afirmaram que "é um dos principais parceiros comerciais de Cuba" apesar do embargo e ressaltou que a resolução busca "um bode expiatório exterior à má situação econômica" da ilha, pela qual culpou as políticas do regime comunista.

Previamente, os países da América Latina e do Caribe fizeram uma nova chamada conjunta para pedir o final do embargo ao considerar que é contrário aos princípios da Carta das Nações Unidas e as regras do direito internacional.

O embargo foi imposto de maneira oficial em fevereiro de 1962, sob a Administração do presidente John F. Kennedy, mas o governo americano já havia imposto algumas sanções em 1959, ano do triunfo da revolução cubana.

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