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O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou as "graves e comuns" violações na Coreia do Norte nesta quinta-feira (26), especialmente o uso de tortura e campos de trabalho forçado, e ampliou o mandato de seu investigador especial.

O fórum de Genebra, que possui 47 Estados como membros, adotou uma resolução apresentada pela União Europeia e o Japão. Seis países, incluindo China, Rússia e Cuba, votaram contra a resolução que foi aprovada com 26 votos e 15 abstenções.

O texto, apoiado pela Coreia do Sul, expressa preocupação com os "abusos aos direitos humanos graves, comuns e sistemáticos na República Democrática Popular da Coreia, em particular o uso de tortura e campos de trabalho forçado contra prisioneiros políticos e cidadãos norte-coreanos repatriados".

O debate ocorre ao mesmo tempo em que o Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que enviados do Japão, Coreia do Sul e dos EUA se encontrarão em Washington na sexta-feira para consultas sobre a Coreia do Norte, que possui um míssil de longo alcance posicionado para lançamento.

O órgão da ONU renovou por um ano o mandato de seu investigador para direitos humanos na Coreia do Norte, Vitit Muntarbhorn, e pediu que o país comunista permita sua entrada.

Muntarbhorn, um jurista tailandês que exerce posto independente, disse em um relatório este mês que os norte-coreanos estão sujeitos a "sofrimento intolerável" incluindo fome, tortura e espionagem quase universal.

A delegação norte-coreana rejeitou a resolução como sendo "cheia de distorções e fabricações".

O texto expressou alarme para a "precária situação humanitária" e exigiu que Pyongyang restabeleça "acesso completo, rápido e irrestrito" para ajuda humanitária.

A Coreia do Norte, que sofre com falta de comida crônica e onde acredita-se que muitas pessoas estejam à beira da fome, rejeitou na semana passada uma futura ajuda de alimentos dos EUA.

Os EUA estão em embate com a Coreia do Norte, junto com os outros países envolvidos nas negociações, sobre o programa nuclear de Pyongyang.

Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte, em comentários divulgados pela agência oficial de notícias KCNA, disse nesta quinta que se a comunidade internacional punir o país pelo lançamento de míssil no próximo mês, a Coreia do Norte reativará uma usina que produz plutônio para armas nucleares.

Os EUA não são um membro do Conselho e não possuem direito a voto. No entanto, estão entre os co-responsáveis pelo texto UE-Japão, junto da Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

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