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Governos ocidentais esperam votar na quarta-feira uma nova resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) com sanções ao programa nuclear do Irã, segundo diplomatas.

Depois de uma reunião a portas fechadas dos 15 países do Conselho, diplomatas de várias nações ocidentais debatem como levar a votação uma resolução que vem sendo negociada há cerca de cinco meses.

A reunião desta segunda-feira do Conselho foi solicitada por Brasil e Turquia, membros temporários que se opõem às novas sanções, depois de terem negociado no mês passado um acordo pelo qual o Irã entregaria ao exterior parte do seu material atômico.

Os Estados Unidos e seus aliados suspeitam que Teerã esteja secretamente desenvolvendo armas atômicas. A República Islâmica insiste no caráter pacífico das suas atividades, apesar da sua recusa em seguir as ordens da ONU para suspender o enriquecimento de urânio.

Brasil e Turquia queriam uma sessão pública do Conselho antes de votar, mas acabaram concordando com uma nova consulta reservada entre embaixadores na terça-feira. Diplomatas de países interessados em aprovar as sanções disseram que a votação pode acontecer um dia depois disso.

"Teremos consultas amanhã, outra rodada", disse a embaixadora dos EUA, Susan Rice, a jornalistas. Questionada sobre a possibilidade de uma votação nesta semana, ele meneou a cabeça positivamente.

Turquia, Brasil e Líbano não devem votar a favor da resolução, mas nenhum deles tem poder de veto. Diplomatas ocidentais preveem 12 votos favoráveis, inclusive dos cinco membros permanentes com poder de veto.

A resolução prevê medidas contra novos bancos iranianos no exterior, caso haja suspeitas de ligação com programas nuclear e de mísseis, e também uma vigilância sobre transações com qualquer banco iraniano, inclusive o Banco Central. Ela também amplia o embargo de armas da ONU contra Teerã.

Diplomatas dizem que a data exata da votação depende de um acordo final sobre os anexos que listam indivíduos e firmas afetados sujeitos a congelamento de bens e restrições a viagens internacionais.

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