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Nova Iorque - O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem por unanimidade a renovação por um ano da missão de paz no Haiti (Minustah), mantendo o atual contingente de 7.060 militares e 2.091 policiais.

Apesar do pedido do presidente haitiano, René Préval, para que o texto não citasse o Capítulo 7 da Carta da ONU – que prevê o uso da força para impor a paz –, o órgão manteve o termo, alegando que ante a situação de "instabilidade política, econômica e humanitária" o Haiti "continua a constituir uma ameaça à paz internacional e à segurança da região".

Em uma carta endereçada ao representante da China na ONU, Wang Guagya, em 10 de outubro, Préval pediu o apoio chinês para a continuidade da missão, mas solicitou que "o Conselho remova a referência ao Capítulo 7" pois está "convicto de que a decisão irá criar um clima favorável para a atração de investimentos" ao país.

Como a carta de Préval circulou somente na segunda-feira, para Rússia e China, que já haviam aceitado o novo texto, o "pedido veio muito em cima da hora para ser analisado".

A representação do Brasil na ONU não quis comentar a mudança, mas militares brasileiros que já estiveram em posições de comando na Minustah se disseram contra a alteração, pois o Capítulo 7 "garante liberdade para o uso da força na proteção de civis e outras necessidades".

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