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Michelle Bachelet venceu o primeiro turno das eleições chilenas com 46,7% dos votos | Ivan Alvarado/Reuters
Michelle Bachelet venceu o primeiro turno das eleições chilenas com 46,7% dos votos| Foto: Ivan Alvarado/Reuters

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A direita foi a grande derrotada nas eleições legislativas do Chile. A coalizão Aliança pelo Chile, do presidente Sebastián Piñera, perdeu sete cadeiras na Câmara e manteve o mesmo número de senadores, 16.

Mas a UDI (União Demo­crática Nacional), principal força política do bloco e legenda de Evelyn Matthei, que disputará o segundo turno para a Presidência com Michelle Bachelet, não conseguiu eleger alguns dos principais nomes de seus quadros, perdendo espaço para a RN (Renovação Nacional), considerada mais de centro.

Já a oposicionista Nova Maioria, aliança de centro-esquerda de Bachelet, aumentou em 11 o número de sua bancada na Câmara. No próximo governo, contará com 68 deputados, contra 48 da Aliança. E aumentou uma cadeira no Senado, passando de 21 para 22 senadores.

"A derrota da direita só não foi pior porque Bachelet não ganhou no primeiro turno, senão seria um cenário horrível para eles", afirma o analista político Patricio Navia.

Para ele, os candidatos governistas perderam nas urnas "porque estão representando interesses de poucas pessoas, e não da maioria da população", numa eleição marcada por uma agenda que abordou a questão da desigualdade social no país.

"Os resultados do domingo mostram que a direita precisa se renovar, ter novos líderes. A força se moveu da UDI para a RN, que é mais moderada. Se Bachelet ganhar, será mais fácil dialogar com a RN", diz a socióloga Kirsten Sehnbruch, professora da Universidade do Chile.

O pleito do último domingo no Chile, o primeiro com voto não obrigatório para presidente e parlamentares, foi marcado pela baixa participação de eleitores, a menor desde 1989. Das 13,5 milhões pessoas com registro eleitoral no país, apenas 6,7 milhões votaram.

Líderes estudantis

Quatro ex-líderes estudantis dos protestos que ocorreram em 2011 no Chile foram eleitos deputados, com propostas de reforma do sistema educacional. Não existe universidade pública no país.

Camila Vallejo, do Parti­do Comunista, a musa da "Primavera Árabe" chilena, conseguiu 43,77% dos votos no distrito de La Florida. Outro ex-dirigente que se elegeu foi Giorgio Jackson. O candidato independente se elegeu pelo distrito de Santiago Central com 48,14% de votos.

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