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O chefe da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que está supervisionando a destruição de armas químicas na Síria, afirmou nesta segunda-feira (14) que confrontos estão impedindo o acesso de inspetores do órgão a algumas áreas controladas por rebeldes. Ahmet Üzümcü fez um apelo por um cessar-fogo local e de curto prazo para permitir o trabalho dos especialistas.

Üzümcü afirmou à BBC que espera que o Prêmio Nobel da Paz, atribuído ao grupo na semana passada, ajude o trabalho da equipe na Síria. A Opaq e a ONU têm um grupo de 60 especialistas e pessoal de apoio no país árabe desde 1 de outubro. Eles estão baseados em Damasco e vêm realizando visitas regulares a instalações de armas químicas.

Em entrevista ao programa Today, Üzümcü afirmou que as autoridades sírias vinham facilitando o trabalho dos peritos. Segundo ele, a equipe foi a pelo menos 20 instalações capazes de produzir armas químicas. Üzümcü disse, no entanto, que os especialistas tiveram acesso impedido em locais que passam por território rebelde.

"Apelamos a todos os lados na Síria para apoiar esta missão, para cooperar e não tornar a missão mais difícil. Já é desafiadora", disse ele, acrescentando que houve cessar-fogo temporário de quatro ou cinco horas durante a missão liderada pela ONU para investigar denúncias de uso de armas químicas, o que ajudou a ação.

Parte dos equipamentos considerados críticos já foram destruídos nos arredores de Damasco. Espera-se que todo o arsenal químico do regime de Bashar al-Assad seja destruído até meados de 2014.

A destruição das armas químicas foi a forma que o governo sírio encontrou de evitar uma intervenção militar dos Estados Unidos, que acusam as tropas leais ao presidente pelo ataque químico de 21 de agosto, que teria matado ao menos 1.400 pessoas.

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