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Washignton – Cerca de 200 milhões de eleitores nos Estados Unidos irão às urnas hoje para renovar toda a Câmara dos Representantes (deputados), um terço do Senado e 36 governadores dos 50 estados do país. O voto nos EUA não é obrigatório.

Pela primeira vez em uma década, os democratas têm a possibilidade de retomar a maioria no Congresso americano. Os republicanos ocupam 230 das 435 cadeiras para deputados, enquanto os democratas ocupam 201. Já o Senado é composto por 55 republicanos, 44 democratas e um senador independente (veja quadro ao lado).

Se o número de cadeiras de dois ou mais partidos for igual, quem decide o partido da maioria é o vice-presidente Dick Cheney, que também exerce a função de presidente do Senado.

Um terço dos distritos eleitorais utilizará a tecnologia eletrônica pela primeira vez neste ano. As mudanças fazem parte de uma pressão nacional após problemas na apuração nas eleições de 2000, que deram origem à "Help America Vote Act", lei que destina US$ 3,9 bilhões para a substituição das antigas máquinas de votação e programas de educação sobre o direito ao voto.

Nas eleições presidenciais de 2004, democratas protestaram devido a supostas irregularidades no processo eleitoral em Ohio, incluindo questionamentos na apuração dos votos e problemas com máquinas em distritos predominantemente democratas.

Segundo especialistas, o principal motivo do favoritismo democrata nas eleições de hoje é o conflito no Iraque, que causou queda na popularidade do presidente republicano George W. Bush. Outro fator que prejudica o Partido Republicano na disputa são os sucessivos escândalos de corrupção e outros crimes envolvendo seus legisladores. O caso mais recente foi o do deputado Mark Foley, acusado de trocar e-mails com teor sexual com estagiários do Congresso.

Economia

A economia, normalmente um dos temas predominantes nas campanhas eleitorais americanas, aparece desta vez em segundo plano. O temor atual é que a roda da economia americana esteja para dar uma nova volta: com a queda na atividade no setor de construção, os imóveis começam a perder valor – a queda no preço de uma residência nova no país caiu 9,7% em setembro. Com essa desvalorização, os americanos podem passar a gastar menos. O consumo, no entanto, representa cerca de 70% de toda a atividade econômica do país hoje.

Como parte considerável desse consumo é de produtos importados, uma crise acarretaria a redução das importações, o que começaria como um problema doméstico poderia culminar em um choque na economia mundial.

Para evitar o pior, o Fed teria de manter a pausa nos juros, para evitar um aperto excessivo e não estrangular o consumo através do encarecimento do crédito. No entanto, continua na mira do BC dos EUA a inflação – que, segundo o banco, mesmo depois de uma campanha de dois anos para derrotá-la, "ainda persiste".

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