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O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu Charles Michel, o presidente dos EUA Joe Biden, o primeiro-ministro italiano Mario Draghi, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron na mesa redonda antes da primeira sessão de trabalho durante a Cúpula do G7, no Castelo Elmau em Kruen, Alemanha, 26 de junho de 2022| Foto: EFE/Sven Kanz

A cúpula do G7 – que reúne Alemanha, Estados Unidos, Itália, França, Japão, Canadá e Reino Unido – começou neste domingo (26) com o anúncio de que ao menos quatro países do grupo irão banir a importação de ouro da Rússia: Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão. Trata-se de mais uma inciativa que visa diminuir a capacidade do Kremlin para financiar a guerra na Ucrânia. O primeiro dia do evento foi marcado por novos ataques russos em território ucraniano.

De acordo com o Reino Unido, a proibição das importações de ouro russo visa russos ricos que compram barras de ouro para reduzir o impacto financeiro das sanções ocidentais. "As medidas que anunciamos hoje atingirão diretamente os oligarcas russos e atingirão o coração da máquina de guerra de Putin", disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em comunicado. "Precisamos privar o regime de Putin de seu financiamento. O Reino Unido e nossos aliados estão fazendo exatamente isso".

A França também apoia a sanção, mas o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a questão precisaria ser tratada com cuidado, assim como a proposta sobre um possível teto de preço para o petróleo russo. Neste caso, um limite máximo para as importações de petróleo da Rússia seria imposto unilateralmente por cada país participante e impediria que a Rússia o vendesse a um preço mais alto.

"Estamos prontos para tomar uma decisão junto com nossos parceiros, mas queremos ter certeza de que o que decidirmos terá um efeito negativo (na Rússia) e não um efeito negativo para nós mesmos", disse Michel, segundo a Reuters.

Líderes discutirão inflação e economia global

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anfitrião do evento, afirmou neste domingo que existe uma "preocupação compartilhada" dentro do G7 com a situação econômica global, em especial, pela inflação, pelo efeito da guerra da Ucrânia.

"Todos os Estados do G7 estão preocupados pela crise que temos que enfrentar agora. Em alguns países, caem os índices de crescimento, sobe a inflação, escasseiam os combustíveis, as cadeias de distribuição estão bloqueadas", afirmou o chefe de governo. Ele disse também que na primeira reunião dos líderes do bloco foram abordadas questões relacionadas à economia global.

O chanceler indicou que foi debatida a necessidade de coordenar a ação do bloco, em especial, nos mercados de energia. "Temos que atuar de maneira conjunta e assumir nossas responsabilidades", disse Scholz.

O chefe de governo alemão disse confiar muito na capacidade dos países mais ricos, representados pelo G7, de coordenar seus esforços para combater as consequências do impacto econômico que está tendo a invasão russa à Ucrânia.

Scholz ainda garantiu que, na reunião que acontece na cidade de Elmau, na Bavária, se pretende enviar "um sinal muito claro e decidido" sobre o conflito. O líder da Alemanha mencionou, de maneira específica, a promoção de investimentos e o desbloqueio das cadeias de distribuição "de modo conjunto, conforme seja necessário", como via para solucionar os problemas que a economia global demanda.

Ainda neste domingo, segundo Scholz, está programada discussão sobre aspectos relacionados ao investimento em infraestruturas. O chanceler indicou que o farão de uma maneira "ampla", citando como exemplos, as conexões ferroviárias e as redes elétricas.

Outro tema na pauta dos líderes do G7 será o combate à pandemias, diante da crise sanitária da Covid-19, que ainda perdura. A cúpula seguirá pelos próximos dois dias.

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