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Chefe da delegação americana não fixou data para nova reunião | Ernesto Mastrascusa/Efe
Chefe da delegação americana não fixou data para nova reunião| Foto: Ernesto Mastrascusa/Efe

Estados Unidos e Cuba encerraram ontem sua primeira negociação de alto nível em 35 anos sem fixar uma data para a normalização de suas relações e a reabertura de embaixadas, anunciou a chefe da delegação americana, Roberta Jacobson. A informação foi confirmada por Havana.

"Não posso lhes dizer quando exatamente isso ocorrerá. Faremos isso tão rapidamente quanto pudermos resolver todos os assuntos funcionais de que precisamos tratar", disse à imprensa Jacobson, vice-secretária de Estado americana para o Hemisfério Ocidental.

Ao final de uma reunião de quatro horas com a delegação americana, chefiada por Jacobson, a chefe da diplomacia cubana, Josefina Vidal, disse que os dois países continuarão as negociações para a reabertura das embaixadas "em uma data próxima".

Vidal admitiu que é possível que os trâmites para reabrir as embaixadas tampouco sejam definidos em um segundo encontro.

Oficialmente, as duas partes disseram que os diálogos de quarta e quinta-feira na capital cubana se deram num ambiente de "respeito", "relaxado" e "produtivo".

As discussões da primeira reunião da jornada focaram questões logísticas para a reabertura de embaixadas; depois serão debatidas possíveis áreas de cooperação bilateral, como a luta contra o narcotráfico e a prevenção de desastres naturais.

Divergências

Além de elevar sua seção de interesses em Havana ao status de embaixada, os EUA querem que Cuba acabe com as restrições de viagem para diplomatas cubanos e insistem para que o regime entregue foragidos norte-americanos.

Cuba, por sua vez, quer ser retirada pelos EUA da lista de países patrocinadores de terrorismo, pedido que já vem sendo analisado pelo Departamento de Estado.

Outro ponto divergente foi a questão da imigração. Os EUA disseram que pretendem continuar a conceder refúgio a cubanos com proteções especiais negadas a pessoas de outros países. Já os cubanos queixam-se que a lei americana estimula a imigração ilegal de forma perigosa.

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