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Duas mulheres estão de mãos dadas em frente à Basílica de Notre-Dame de l’Assomption em Nice, em 30 de outubro de 2020, durante uma homenagem às vítimas mortas em um ataque com faca no dia anterior
Duas mulheres estão de mãos dadas em frente à Basílica de Notre-Dame de l’Assomption em Nice, em 30 de outubro de 2020, durante uma homenagem às vítimas mortas em um ataque com faca no dia anterior| Foto: Valery HACHE/AFP

O Papa Francisco condenou "de maneira enérgica" os "atos violentos de terror" vistos no ataque terrorista que deixou três pessoas mortas, inclusive uma brasileira, na Basílica de Notre-Dame de Nice, na França, nesta quinta-feira (29). O pontífice disse que lamentou o ataque "que semeou a morte em um lugar de oração e consolação". "Rezo pelas vítimas, por suas famílias e pelo querido povo francês, para que respondam ao mal com o bem".

Líderes ao redor do mundo também condenaram o ataque. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o país se coloca ao lado do seu aliado nessa luta. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, apresentou "suas profundas condolências aos familiares e amigos" da cidadã brasileira assassinada em Nice e das demais vítimas. O governo brasileiro também expressou firme repúdio a toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação, e "solidariedade aos cristãos e pessoas de outras confissões que sofrem perseguição e violência em razão de sua crença".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse no Twitter que ficou chocado ao saber do "ataque bárbaro". "Nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias, e o Reino Unido está firmemente ao lado da França contra o terror e a intolerância". A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que ficou "profundamente abalada com esses assassinatos horríveis em uma igreja". "A Alemanha está ao lado da França neste momento difícil".

As condenações ao ataque também vieram de países de maioria muçulmana. A Arábia Saudita, onde um guarda do consulado francês em Jeddah foi atacado ontem, afirmou que "rejeita categoricamente atos extremistas que são contrários a todas as religiões, fés e bom-senso". O Egito prestou solidariedade à França "no combate a este incidente odioso". O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que "a paz não pode ser alcançada com provocação feia".

Mulher coloca flores em frente à Basílica de Notre-Dame de l'Assomption em Nice, em 30 de outubro de 2020, durante uma homenagem às vítimas mortas em ataque com faca na igreja, no dia anterior | Foto: Valery HACHE/AFP
Mulher coloca flores em frente à Basílica de Notre-Dame de l'Assomption em Nice, em 30 de outubro de 2020, durante uma homenagem às vítimas mortas em ataque com faca na igreja, no dia anterior | Foto: Valery HACHE/AFP| AFP

A Turquia disse que "aqueles que cometem tal ato violento em um lugar sagrado não têm respeito por nenhum valor humanitário, religioso ou moral" e que "o terror não tem religião, idioma ou cor", comprometendo-se a lutar contra todas as formas de terrorismo e extremismo. Contudo, recentemente, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou a publicação de caricaturas do profeta Maomé na revista francesa Charlie Hebdo e procuradores do país abriram uma investigação depois que a revista publicou uma charge de Erdogan. Por esta postura, ele está sendo acusado por muitas pessoas de, de alguma maneira, fomentar o ataque em Nice.

Mais um suspeito detido

A polícia da França informou que prendeu um homem de 47 anos, suspeito de ter auxiliado o autor do ataque em Nice, um tunisiano de 21 anos identificado como Brahim Aouissaoui, que chegou à França há menos de um mês, vindo da Itália. Este homem mais velho teria entrado em contato com Brahim no dia anterior ao atentado, segundo a agência France Presse.

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