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O papa Francisco beatificará no próximo domingo o papa Paulo VI (1963-1978), autor da encíclica sobre a defesa da vida e da família "Humanae Vitae".

A cerimônia, que coincidirá com o fim do Sínodo dos Bispos realizado desde o dia 6 no Vaticano, vai acontecer na Praça de São Pedro às 10h30 (hora local, 5h30 de Brasília), e espera-se que seja assistida também pelo papa emérito Bento XVI, que em dezembro de 2012 já havia falado das virtudes de Paulo VI.

No ato, Paulo VI será recordado por ser o autor do documento em defesa da família e da vida chamada "Humanae Vitae", e também por ter realizado o Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 pelo agora santo João XXIII, e que representou uma profunda renovação da Igreja tanto no âmbito da liturgia quanto no pastoral.

O "Humanae Vitae" é considerado um texto polêmico, já que trata sobre concepção e contracepção da vida humana e foi publicado oito anos depois da liberação da pílula anticoncepcional. Ficou conhecida como a "encíclica da pílula", por ser contra o uso do remédio. Esse inclusive é um dos temas debatidos no Sínodo dos Bispos. Segundo alguns deles, expressões como "viver em pecado" ou "mentalidade anticoncepcional" não ajudam a explicar os conceitos de "lei natural" que a Igreja Católica defende.

Papa Paulo VI será beatificado depois que o postulante da causa, padre Antonio Marrazzo, afirmou que tinha curado milagrosamente uma criança que ainda estava no ventre da mãe, nos primeiros anos da década dos anos 90 na Califórnia, segundo informa a imprensa local.

Durante a gravidez, os médicos diagnosticaram um grave problema no feto e, após vários testes, sugeriram que à jovem mãe abortasse. A mulher se opôs, apesar das advertências dos médicos de que a criança nasceria com comprometimentos físicos e cerebrais.

A mãe então rezou para Paulo VI, que, segundo a Igreja, conseguiu fazer com que a criança nascesse sem problemas. Padre Marrazzo disse a "Rádio Vaticana" em 2012 que se tratava de "um acontecimento realmente extraordinário e sobrenatural, que aconteceu graças à intercessão de Paulo VI".

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