O papa Francisco pediu ontem orações pelas vítimas da violência dos últimos dias na Ucrânia, onde "a situação é grave", segundo ele, e celebrou em São Estanislau, paróquia polonesa de Roma, uma missa de ação de graças pela canonização, há uma semana, de João Paulo II.
O Papa foi recebido com entusiasmo pelos fiéis poloneses. A diocese de Roma conta com 20 mil poloneses. "Uma semana após a canonização de João XXIII e João Paulo II, estamos reunidos para agradecer a Deus", disse Francisco na homilia.
João Paulo II visitou três vezes como Papa a paróquia, e mais de 80 vezes quando era bispo de Cracóvia e viajava com regularidade ao Vaticano.
Após a missa, o Papa retornou ao Vaticano, para uma cerimônia na Praça de São Pedro, onde pediu orações pelas vítimas da violência na Ucrânia, que acusou a Rússia de tentar destruí-la depois do aumento das ações separatistas no leste daquele país e da violência em Odessa, onde pró-russos atacaram um prédio da polícia.
"Queridos irmãos e irmãs, quero pedir que rezem à Virgem Maria pela situação na Ucrânia, onde persistem as tensões. Rezo com vocês pelas vítimas destes últimos dias, e peço ao Senhor que transmita a todos sentimentos de pacificação e fraternidade", disse o Papa depois da missa de Regina Coeli, celebrada diante de milhares de fiéis.
Visita
Há uma semana, o papa Francisco recebeu a visita do primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, a quem garantiu que faria "todo o possível" pela paz na Ucrânia.
Cerca de 50 pessoas morreram na última sexta-feira na Ucrânia, das quais 42, em sua maioria militantes pró-Rússia, no incêndio de um prédio em Odessa.
O Papa também citou as vítimas do deslizamento de terra de anteontem no nordeste do Afeganistão, que deixou, de acordo com autoridades locais, pelo menos 300 mortos.
"Rezemos por aqueles que morreram no gigantesco deslizamento de terra que atingiu há dois dias um povoado do Afeganistão. Que Deus Todo-Poderoso (...) possa recebê-los em sua paz e dar aos sobreviventes a força para seguirem adiante com o apoio de todos que se esforçam para aliviar seu sofrimento", disse o Papa Francisco após a oração, na Praça São Pedro.
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